01/06/2005 - 7:00
A joalheria suíça Chopard é vista como uma das principais marcas de luxo do planeta. Seus relógios chegam a custar mais de US$ 50 mil. Alguns dos colares alcançam US$ 70 mil. Não há, portanto, meio termo no mundo dessa marca. Quem compra Chopard, compra status. E esse status terá endereço no Brasil. No início de junho, a grife abrirá, em São Paulo, a sua primeira butique própria em toda a América Latina.
O espaço de 35 m2 localiza-se na Villa Daslu, o novo templo do luxo na capital paulistana. Trata-se de um investimento de R$ 820 mil na construção e, estima-se, mais US$ 1 milhão em mercadorias. No comando do negócio estão a Nielsen Jóias, antiga importadora da marca, com 25% de participação, a jovem investidora Vanessa Chede, com os outros 25%, e a Chopard com o restante. ?Na butique, teremos peças exclusivas?, diz Nielsen Cohn, proprietário da Nielsen Jóias. Alguns brincos, colares e pulseiras da coleção Copacabana, uma linha de jóias inspirada no Rio de Janeiro, serão vendidas só na butique.
A idéia é transformar a loja em um termômetro para expandir as operações no Brasil. ?Se tudo correr bem, um outro ponto de venda será aberto, no bairro paulistano dos Jardins, até 2006?, diz Carlos Ferreirinha, consultor da Chopard no País. Se depender do crescimento do mercado de luxo no Brasil, a previsão se tornará realidade. Estudos mostram que, nos últimos cinco anos, esse nicho do bem viver saltou, consecutivamente, 35% e movimenta US$ 2 bilhões. Aliado ao bom momento do mercado, a Chopard tem a seu favor a vantagem de ser uma grife desejada. Com quase 150 anos de história, ela é a fabricante oficial das famosas palmas de Cannes, o tradicional festival de cinema. Aliás, a marca já produziu peças lendárias para a indústria cinematográfica. Em 2002, no filme Femme Fatale, a atriz Rebecca Romijn-Stamos interpretou uma ladra que rouba um bustiê de ouro, avaliado em US$ 10 milhões, confeccionado pela Chopard. Outras estrelas como Sharon Stone e Catherine Deneuve também já foram conquistadas pela grife. Agora, os brasileiros serão a bola da vez.