A maioria das autoridades financeiras de economias emergentes e em desenvolvimento não implementou regulações de cibersegurança para o setor financeiro, de acordo com pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI) que avaliou 51 países. Essa é a realidade em 42% das nações pesquisadas. A organização identificou ainda que 56% dos bancos centrais ou autoridades de supervisão não têm uma estratégia cibernética nacional. “Cibersegurança é uma ameaça clara à estabilidade financeira”, afirmou.

A instituição advertiu que conexões financeiras e tecnológicas estreitas dentro do setor financeiro podem facilitar a rápida disseminação de ataques e, portanto, causar interrupções e perda de confiança generalizadas.

“Fintechs que dependem fortemente de novas tecnologias digitais podem tornar o setor financeiro mais eficiente e inclusivo, mas também mais vulnerável a riscos cibernéticos”, afirmou o Fundo.

O FMI pontuou que a dependência comum de provedores de serviços significa que os ataques têm maior probabilidade de ter implicações por todo o sistema. “A concentração de riscos em serviços comumente usados, incluindo computação em nuvem, serviços de segurança e operadoras de rede, pode afetar setores inteiros. Perdas podem ser altas”, avaliou.