No fim do ano, o governo federal assinou decreto que institui a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber), para combater “crimes e ações maliciosas” no setor, além de promover o desenvolvimento de tecnologias para maior segurança. Até aí, tudo bem. E necessário. Afinal, a PNCiber tem entre seus princípios:
• o tema da soberania nacional,
• a garantia de direitos fundamentais (em especial a liberdade de expressão),
• a proteção de dados pessoais e da privacidade,
• e o acesso à informação.

O que pode ser seu lado frágil é a criação de mais uma agência reguladora, a ANCiber. Segundo o projeto aprovado, “há uma convergência de opiniões, nacionais e internacionais, no sentido de que essa política deve instituir uma Agência Nacional de Cibersegurança, a ANCiber” e que no “contexto do arcabouço institucional brasileiro ela deve ser instituída nos moldes de uma agência reguladora”. Aí mora o detalhe. A efetividade da atuação e a verdadeira independência de seus membros. Pelo projeto, a agência precisa ser criada até dezembro e “terá autonomia administrativa e financeira” e ficará vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Uma coisa é certa: haverá empregos aos baldes. Ela nascerá com 81 funcionários e em cinco anos seu quadro deverá ser de pelo menos 800 funcionários.

Hyundai nas nuvens

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A Hyundai, por meio de sua divisão de mobilidade aérea, Supernal, anunciou o projeto do seu carro voador chamado S-A2, que deve ser produzido a partir de 2028. Além do piloto, o modelo, que pode atingir velocidade máxima de 190 km/h e altitude de cerca de 460 metros, deve ter capacidade para até quatro passageiros. O presidente da Hyundai e CEO da Supernal, Jaiwon Shin, disse que a expectativa é de uma enorme expansão dos eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e aterrissagem vertical) como alternativas a táxis e carros de aplicativo. O mercado é “potencialmente de centenas de milhares de aeronaves” , disse o executivo durante a apresentação, na CES 2024, que aconteceu em Las Vegas (EUA). O S-A2 deriva do S-A1, apresentado em 2020, reunindo segundo a empresa “a engenharia aeroespacial inovadora e o design automotivo da Hyundai Motor Group”.

Vision pro: a apple em seu momento mais ambicioso (segundo ela mesmo)

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Os óculos de realidade aumentada da Apple, chamados de Vision Pro, chegam ao mercado americano no dia 2 de fevereiro. O dispositivo anunciado em junho de 2023 marca a estreia da companhia nesse segmento, até então dominado pela Meta e por fabricantes de videogame, e será vendido por preços a partir de US$ 3.499 (cerca de R$ 17,1 mil). Não há data de lançamento em outros países, mas o acessório promete ser revolucionário. Segundo a empresa, “o Apple Vision Pro é o resultado de décadas de experiência no design de dispositivos móveis e vestíveis de alto desempenho culminando no produto mais ambicioso que a Apple já criou”. Vale repetir o trecho final: o produto m-a-i-s-a-m-b-i-c-i-o-s-o que a companhia de Steve Jobs jamais lançou.

Tchau, Alexa?

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Se depender da LG, em breve teremos robôs caminhando pela casa, nos lembrando de nossos compromissos, ajudando na segurança e colocando aquela música relaxante quando necessário. Com funcionalidades avançadas de inteligência artificial (IA), o Smart Home AI Agent desenvolvido pela fabricante de eletrônicos possui design inovador com duas pernas equipadas com rodas e uma tela que exibe informações e simula um rosto eletrônico. Segundo a empresa, em anúncio feito durante a CES 2024, o robô utiliza um LLM multimodal, tecnologia que permite o reconhecimento de linguagem natural e interpretação de contextos visuais. Além de suas capacidades de interação, o Smart Home AI Agent também pode se conectar e controlar outros dispositivos domésticos, como máquinas de lavar, geladeiras e televisores com webOS

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“Não há problema em comemorar o sucesso, mas é mais importante prestar atenção às lições do fracasso.”
Bill Gates (1955), cofundador da Microsoft, que começa o ano passando a Apple em valor de mercado

Cada vez mais big

Movidas pela explosão da IA generativa, as grandes empresas de tecnologia aumentaram a receita em ritmo vertiginoso. De acordo com a CB Insights, plataforma de inteligência de mercado, gigantes como Alphabet (Google), Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla estão a caminho de ganhar mais de US$ 1,6 trilhão em receita agregada este ano. As setes têm valor de mercado superior a US$ 11 trilhões e tiveram lucro líquido somado superior a US$ 220 bilhões apenas nos três primeiros trimestres de 2023 (o resultado até dezembro ainda será divulgado).

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