Você sabia que participar do sistema financeiro de um país e ter acesso a serviços como conta bancária e meios de pagamento também faz parte dos direitos de um cidadão assim como a saúde e a educação? Mas Infelizmente a chamada cidadania financeira ainda está longe de ser universal e as pessoas enfrentam muitos desafios em busca dela.

Segundo dados do Banco Mundial, 1,4 bilhão de adultos no mundo não têm sequer uma conta bancária e a realidade brasileira comprova isso. Apesar dos avanços tecnológicos, milhões de pessoas continuam excluídas financeiramente no Brasil, seja por barreiras econômicas, falta de informação ou dificuldade de acesso.

“Sem cidadania financeira, as pessoas ficam presas a um ciclo de exclusão na sociedade. Elas não conseguem fazer planos, investir, empreender ou até lidar com emergências. É um direito que deveria ser básico, mas ainda é muito negligenciado”, explica Arnaldo Blasques, Chefe de Operações da empresa de meios de pagamento Entrepay.

Mas, na prática, a cidadania financeira vai além de ter uma simples conta no banco. Ela envolve sim o acesso a serviços bancários e ao crédito, porém engloba também o uso de meios de pagamento seguros, proteção contra fraudes e, principalmente, a educação, que permite entender como tudo isso funciona. Só assim um indivíduo pode tomar decisões conscientes e proteger seu patrimônio de forma responsável.

Uma pesquisa de 2024 do Estadão (E-Investidor) revelou o distanciamento dos brasileiros quando o assunto é dinheiro. Ela mostrou que mais da metade dos entrevistados (54%) nem sequer buscava informações sobre finanças no dia a dia e o maior motivo para isso seria porque eles não sabiam por onde começar.

Para Blasques, mudar esse cenário exige um esforço coletivo. “Incluir as pessoas no sistema financeiro é só o começo. Avançar nessa pauta significa reduzir desigualdades e promover o desenvolvimento social e econômico do país inteiro. Por isso é preciso simplificar o acesso, educar e garantir a segurança nas transações. Quando damos essas condições, o sistema financeiro deixa de ser um privilégio e se torna uma ponte para oportunidades”, finaliza.