A cidade paulista de Vinhedo já está sendo chamada de ?Disney? brasileira. Há quem ache exagerada a comparação com o reino de Mickey Mouse. Mas o fato é que a região se transforma, pouco a pouco, no grande pólo nacional de entretenimento. Por lá, estão o parque aquático Wet?n?Wild, o Hopi Hari, maior parque temático da América Latina, e o shopping center SerrAzul. Agora, surgem novos projetos que reforçam essa vocação para ?Disney? brasileira. No próximo mês, começam as obras do primeiro hotel do complexo, o Comfort SerrAzul, que deve ser inaugurado em setembro de 2004. O empreendimento é estimado em R$ 15 milhões. E os planos ainda incluem novos projetos: um campo de golfe, o Animal Park ? a ampliação do Hopi Hari ? e um lago para esqui-aquático. Em uma próxima fase, o complexo deve ganhar um segundo hotel, um centro artístico e cultural, uma pista de esqui com neve de verdade e até um condomínio residencial. ?Um negócio ajuda o outro. O hotel aumenta a permanência do visitante, enquanto os parques atraem os hóspedes?, afirma César Federmann, diretor da Senpar, empresa criadora do complexo SerrAzul. A Senpar ainda assina o condomínio Terras de São José, em Itu, e é sócia do consórcio Renovias, que administra rodovias no interior paulista.

Todos os investimentos feitos em Vinhedo foram puxados pela empresa. De saída, ela construiu o shopping sobre a rodovia dos Bandeirantes para provar aos investidores que a região tinha potencial para um complexo de lazer. Hoje, cerca de 2,5 milhões de pessoas passam pelo SerrAzul por ano. Após o shopping, a Senpar vendeu um terreno aos americanos do Wet?n?Wild para que eles montassem ali o seu parque aquático. Em seguida, o GP Investimentos deu início ao Hopi Hari. Até aqui, cerca de US$ 500 milhões foram investidos na região. Em 2002, quase 5 milhões de pessoas passaram pela região. ?Um movimento como este deve garantir pelo menos 1% de rentabilidade ao mês para os investidores do novo Comfort SerrAzul?, assegura Fernando Nogueira, um dos sócios do futuro hotel. O Comfort irá operar como um fundo imobiliário onde investidores podem se tornar donos de apartamentos e lucrar com os rendimentos das diárias. Cada um dos 147 quartos deverá custar entre R$ 90 mil e R$ 100 mil. Além de Nogueira e da Senpar, os outros sócios do empreendimento são a construtora Adolpho Lindenberg, a rede hoteleira Choice e o Grupo Dimarzio.