Ao adquirir o antigo Complexo Hospitalar Umberto I, em São Paulo, o empresário francês Alexandre Allard tinha a ambição de criar algo único no País. O ano era 2011 e a capital paulista vivia um momento singular de renovação, com grandes projetos imobiliários e atração de grifes internacionais antes ausentes do mercado brasileiro. Mas nada que se comparasse ao que Allard idealizou como Complexo Cidade Matarazzo, o projeto privado de requalificação urbana mais relevante do País, com a integração da preservação do patrimônio histórico e da natureza.

Oficialmente lançado no ano passado, mas ainda longe de estar inteiramente concluído, ele soma dez edifícios, incluindo prédios tombados pelos órgãos de preservação, em um terreno de cerca de 30 mil m2.

Já funcionam ali o Hotel Rosewood São Paulo, primeira unidade sul-americana da rede de hotéis de luxo, com os restaurantes Le Jardin, Blaise e Taraz, além dos bares Rabo di Galo, Emerald Garden Pool e Bela Vista Rooftop Pool.

Há ainda a torre residencial Mata Atlântica, um edifício corporativo que abriga a AYA Earth Partners (centro de negócios para empresas e organizações ligadas à economia verde) e até uma capela, onde há missas regulares. Agora, em sua nova fase, a Cidade Matarazzo quer consolidar sua vocação para se tornar um ponto de encontro da comunidade criativa.

Essa é a ideia por trás da chegada do primeiro espaço físico da Soho House da América do Sul. Trata-se de um clube global famoso por realizar eventos e festas que atraem artistas, designers, escritores, galeristas, arquitetos, cineastas, publicitários e outros criativos.

Agora, eles poderão se reunir presencialmente para pensar coletivamente e trocar ideias sobre temas importantes para o Brasil e o mundo.

Segundo Allard, a cultura, a arte e a criatividade já fazem parte da essência do complexo Cidade Matarazzo. “A Soho House é vital para nosso ecossistema e para inspirar nossa comunidade em um ambiente transformador, onde muitas ideias disruptivas nascem”, afirmou.

A Soho House São Paulo vai ocupar parte do antigo Hospital Umberto I, espaço tombado como patrimônio cultural e que estava abandonado.

Com previsão para ser inaugurado em dezembro deste ano, o clube terá:
* 36 quartos,
* academia,
* spa,
* piscina,
* bar na cobertura,
* além de restaurantes e espaços exclusivos para associados.

“A presença dos membros criativos da Soho House vivenciando nosso estilo de vida só reforça e dá substância à importância do grande movimento que estamos lançando: RE-GENERAÇÃO”, disse Allard. “O Matarazzo foi idealizado para promover uma mudança de hábitos ao regenerar o meio onde vivemos para que possamos desfrutar a vida em integração com a natureza, aprendendo e colaborando com ela em tudo”.

Também está prevista a Soho House Design, área dedicada à valorização do trabalho de artesãos locais. O mobiliário e o design de interiores serão inspirados na rica herança portuguesa da cidade e no modernismo brasileiro com padrões abstratos.

O espaço exibirá um acervo de arte composto por artistas nacionais. Para Andrew Carnie, CEO da Soho House & Co, a escolha de São Paulo para abrigar a primeira casa do clube na América do Sul se deve ao fato de ser uma cidade global “que pulsa com arquitetura, música, arte de rua e contemporânea de ponta”.

Segundo ele, o espaço terá grande influência do design local. “Estamos entusiasmados em honrar e compartilhar a cultura brasileira com nossa comunidade global de associados”, afirmou Carnie.

A expectativa é compartilhada por Allard. “Mais do que nunca acreditamos que em São Paulo deve nascer uma nova cultura urbana com influência global onde se misturam as energias da diversidade, sabedoria ancestral e a comunhão com a natureza”, afirmou. “Aqui a atmosfera é inspiradora, não há limite para as ideias”.

O Soho House São Paulo será acessível aos associados e seus convidados. As inscrições para interessados em se associar já estão abertas e podem ser feitas pelo site sohohouse.com/en-us/membership.