PEQUIM (Reuters) – Várias cidades chinesas dobraram os testes de Covid-19, ordenando que os moradores façam os exames com mais frequência, com algumas punindo pessoas que escapam dos testes, à medida que autoridades tentam impedir que o vírus se espalhe.

Em junho, várias cidades relaxaram os requisitos de testes quando os surtos começaram a diminuir, mas um aumento nas infecções este mês, alimentado por uma subvariante da Ômicron, forçou algumas áreas a apertar rapidamente as regras.

A China continental registrou uma média de mais de 300 infecções diárias locais este mês, superior a cerca de 70 em junho, mas ainda pequena para os padrões globais.

A política rígida da China contra a Covid, que depende muito da detecção rápida de infecções por meio de unidades de teste financiadas pelo governo, ajuda a manter surtos sob controle. No entanto, crescem as preocupações com os custos financeiros desses testes e com a perturbação causada no cotidiano das pessoas.

A maior parte de Xangai encerraria nesta quinta-feira uma campanha de testes em massa de três dias, que foi imposta além da exigência existente de que os residentes sejam testados a cada poucos dias para poder entrar em locais públicos.

Tendo sofrido um lockdown em abril e maio, as autoridades de Xangai se apressaram para impedir que dezenas de casos de Covid se tornassem um grande surto, o que poderia levar o centro comercial da China de volta a outra rodada de duras restrições.

A cidade central de Hebi, na província de Henan, disse que a partir de quinta-feira os moradores precisam ter prova de resultado negativo no prazo de 48 horas para acesso a transportes públicos e vários locais, semanas depois de ter relaxado a exigência.

Após relatar algumas infecções, a cidade oriental de Hangzhou restabeleceu uma exigência a partir de quarta-feira para que moradores sejam testados a cada três dias, revertendo uma breve flexibilização de três dias para sete dias no mês passado.

A polícia do município de Tianjin, no norte do país, disse no início deste mês que alertou dezenas de pessoas por falta de testes e deteve algumas.

(Reportagem de Roxanne Liu e Ryan Woo)

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