O ex-oficial da Marinha, Dr. Joseph Dituri, está tentando quebrar um recorde mundial ao passar 100 dias em um habitat subaquático na Flórida. Além de estudar como o corpo humano reage a pressões extremas, sua equipe encontrou, inesperadamente, um possível novo organismo unicelular.

O espécime está sendo analisado por microbiologistas para confirmar se é realmente uma nova espécie. O cientista conduz experimentos em um pequeno laboratório montado em uma cápsula subaquática de 30,48 metros quadrados.

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Após um mês debaixo d’água, Dr. Dituri se diz bem, embora possa perder cerca de 2,5 cm de altura devido à pressão exercida em seu corpo.

Durante o experimento, ele é monitorado por profissionais médicos, que analisam suas amostras de urina e sangue, realizam exames psicológicos e psicossociais, além de ultrassonografias, eletrocardiogramas e testes com células-tronco.

A hipótese é que a pressão subaquática possa trazer melhorias na saúde e impactar indicadores relacionados a doenças e longevidade.

Dr. Dituri explica que a exposição à pressão subaquática pode dobrar o número de células-tronco circulantes, aumentar a densidade óssea e muscular, e até mesmo reverter o envelhecimento.

Contudo, alguns efeitos colaterais inesperados foram relatados, como dificuldades em funções corporais devido à pressão subaquática.

O maior risco está no momento de ressurgir, pois não há testes de descompressão realizados por um período tão longo, e a descompressão rápida pode causar danos pulmonares graves, paralisia ou até mesmo a morte.

Dr. Dituri, que entrou no habitat em 1 de março, deve permanecer lá, pelo menos, até 14 de maio para quebrar o recorde mundial de 73 dias. Ele afirma que seu foco não é o recorde, mas sim a ciência.

“É aqui que encontramos a próxima grande cura… É a ciência mais legal do mundo agora.”