Cientistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos EUA, desenvolveram uma molécula sintética a partir da esponja marinha que pode ajudar no descobrimento de remédios para combater o mal de Parkinson e distúrbios semelhantes. O estudo foi publicado na revista Science.

O grupo de pesquisadores, liderados por Neil Garg, conseguiram produzir o ácido lisodendórico A de maneira sintética. Ela consegue neutralizar outras moléculas que podem danificar DNA, RNA, proteínas e até mesmo destruir células inteiras.

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A grande dificuldade do estudo foi conseguir produzir uma versão desejada dessa molécula, já que nesse tipo de produção sintética é possível produzir uma versão espelhada dela, que pode até mesmo ser prejudicial à saúde. 

“A grande maioria dos medicamentos hoje é feita por química orgânica sintética, e um de nossos papéis na academia é estabelecer novas reações químicas que possam ser usadas para desenvolver rapidamente medicamentos e moléculas com estruturas químicas intrincadas que beneficiem o mundo”, explicou Garg. 

Ele também apontou que outra grande dificuldade nesse tipo de processo é chamada de quiralidade ou dominância. Muitas moléculas, incluindo o ácido lisodendórico A, podem existir em duas formas distintas que são quimicamente idênticas, mas são imagens espelhadas em 3D uma da outra, como se fossem a mão direita e a mão esquerda. Cada versão é conhecida como um enantiômero. 

Quando usado em produtos farmacêuticos, um enantiômero de uma molécula pode ter efeitos terapêuticos benéficos, enquanto o outro pode não fazer nada ou ser perigoso.

“Ao desafiar o pensamento convencional, agora aprendemos como fazer alcenos cíclicos e usá-los para fazer moléculas complicadas como o ácido lisodendórico A. Esperamos que outros também possam usar alcenos cíclicos para fazer novos medicamentos”, encerrou Garg.