17/02/2022 - 23:20
No século XIX, os habitantes de Bukhara, uma cidade do antigo Império Russo, começaram a adoecer e a morrer. A causa foi um vírus respiratório misterioso que ficou conhecido como ‘gripe russa’. Não tardou para que se propagasse pelo mundo e sobrecarregasse os hospitais. A ‘gripe russa’ era particularmente letal para os idosos.
Alguns dos infectados com este vírus diziam que perdiam o olfato e o paladar. Entre os que se recuperaram da ‘gripe russa’, foi reportada exaustão persistente. Após três ondas, a ‘gripe russa’ acabou alguns anos depois.
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Face aos sintomas e padrões de infecção descritos, alguns virologistas e historiadores de medicina têm questionado se a ‘gripe russa’ foi uma pandemia gerada por um coronavírus, como a pandemia que o mundo enfrenta atualmente.
O The New York Times diz que cientistas e historiadores estão investigando e estudando assíduamente a ‘gripe russa’ diante dos paralelos com a pandemia de Covid-19, pois se tiver sido provocada por um coronavírus pode oferecer pistas sobre o rumo que esta pandemia pode seguir.
Frank Snowden, um historiador da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, tem uma atitude cautelosa relativamente à hipótese da ‘gripe russa’. “Há muito pouca coisa, quase não há dados” sobre essa pandemia”, relata.
É por esse motivo que alguns pesquisadores estão procurando esses dados, e estão tentando encontrar fragmentos de tecido pulmonar que tenham sido preservados em museus e escolas de medicina e que possam conter a resposta para o mistério da ‘gripe russa’.