29/12/2021 - 8:53
As moedas de dois centavos têm futuro? Por que ir em peregrinação a Spijkenisse, na Holanda? As coroas estonianas podem ser alteradas? Confira abaixo alguns fatos desconhecidos a respeito do euro, que celebra seu 20º aniversário.
– Moedas nacionais –
Nem todas as moedas nacionais que antecederam o euro desapareceram. Apenas em Berlim e na região vizinha de Brandemburgo, foram trocados, entre janeiro e o final de novembro de 2021, 2,63 milhões de marcos alemães, ou seja, em torno de 1,35 milhão de euros.
O Bundesbank (Banco Federal da Alemanha) assume que, em escala nacional, continuam existindo ativos em dinheiro no valor aproximado de 12,35 bilhões de marcos alemães, ou 6,13 bilhões de euros.
Alguns são mantidos por colecionadores, e outros se encontram, certamente, no exterior, já que o marco foi, por muito tempo, uma moeda de reserva bastante apreciada.
Não há limite para a troca de moedas e de notas da antiga moeda nacional alemã em euros, assim como na Áustria, na Irlanda e nos três países bálticos.
Três países não aceitam mais suas moedas antigas: Itália, desde 2011; e França e Grécia, desde 2012.
– “500” em risco de extinção –
Desde 2019, a produção de notas de 500 euros cessou, por decisão do Banco Central Europeu (BCE). Além de ser pouco usado no dia a dia, pesa sobre esta cédula a suspeita de que facilitaria transações ilegais.
Ainda é permitido, porém, fazer pagamentos com uma nota de 500 euros emitida entre 2002 e 2019. Até novembro de 2021, continuavam em circulação em torno de 376 milhões destas notas cor púrpura.
A questão de suspender a produção das moedas menores da zona do euro, de 1 e de 2 centavos, volta, com frequência, à ordem do dia. Estas peças são caras de produzir.
Bélgica, Holanda, Irlanda, Finlândia e Itália já optaram por sua eliminação progressiva, pedindo aos comerciantes que arredondem os preços.
– As notas de 0 euro –
Ela tem o tamanho, a cor e o desenho de uma nota do BCE. A cédula de zero euro apareceu em 2015 e é muito popular entre os colecionadores.
O empresário francês Richard Faille teve a ideia de criar cédulas vendidas como lembrança para turistas. De um lado, têm um lugar, ou um monumento (a Torre Eiffel, por exemplo) e, do outro, um zero seguido do símbolo do euro, para lembrar que elas não têm valor.
Aprovadas pelo BCE, estas notas são impressas com as mesmas características técnicas do euro: marca d’água, fio de segurança, tintas, holograma e até número de segurança individual. A semelhança é impressionante, mas o papel é diferente do usado nas notas reais.
– Do virtual ao real –
Arquiteturas imaginárias, mais do que monumentos existentes, ilustram as notas de euro. Como as pontes não existem, um designer gráfico, o holandês Robin Stam, decidiu construí-las. O município de Spijkenisse, perto de Roterdã, deu-lhe sinal verde.
Da nota de 5 à de 500, as sete “pontes do euro” agora atraem turistas para este município holandês de cerca de 70.000 habitantes.
– Declaração acima de 10 mil euros –
Na Europa, o transporte de 10.000 euros ou mais em espécie, procedente ou com destino ao exterior, deve ser declarado na Alfândega.
Um homem que fazia uma viagem entre França e Espanha foi interceptado em abril deste ano pelos funcionários da Alfândega de Perthus. Encontraram 388.460 euros escondidos em 25 meias, enquanto verificavam sua van com placa da Alemanha.
Em 2020, as alfândegas alemãs contabilizaram 13.335 declarações no total de 31 bilhões de euros, ou seja, uma média de 2,3 milhões de euros por declaração.