O sonho de todo investidor é deixar o dinheiro trabalhando por você. Atingir este objetivo requer planejamento e disciplina para poupar mensalmente por um bom prazo e escolher os investimentos certos na hora de buscar a renda passiva futura. Há diversas opções para diferentes perfis de investidores. Confira cinco alternativas listadas por especialistas para montar uma carteira diversificada:

+Financiamento imobiliário em 2023 foi de R$ 251 bi, diz Abecip; alta é de 4% ante 2022

Ações de empresas pagadoras de dividendos

Focar na renda passiva e no longo prazo é uma forma mais segura, tranquila e eficiente de investir na renda variável. Quem segue essa metodologia entende que as ações são “blocos” construtores. Quanto mais blocos forem comprados melhor. E quanto menor o preço do bloco melhor ainda.

“Aqueles momentos em que os preços caem, mas os resultados das empresas permanecem os mesmos, são grandes oportunidades, deixam de assustar e, em alguns casos, são até bem-vindos. Olhar para o crescimento anual dos dividendos é uma opção interessante como objetivo de longo prazo, pois bons fundamentos não mudam da noite para o dia”, afirma o CEO da VG Research, Vicente Guimarães.

Royalties Musicais

Para quem quer aquela pitada de diversificação, receber proventos periódicos e reduzir sua exposição ao vai e vem do mercado de ações, aí vai uma alternativa diferente. É possível alocar parte do capital em royalties musicais, que se destacam pelo potencial de gerar renda passiva para o investidor a partir do pagamento de direitos autorais gerados pela venda ou reprodução de músicas.

“O pagamento de dividendos depende da execução das canções que fazem parte do catálogo adquirido. Em geral, reproduções da canção em filmes, shows, apresentações em restaurantes, streamings geram pagamentos de direitos autorais”, explica Arthur Farache, CEO da Hurst Capital, plataforma pioneira na distribuição de ativos alternativos.

Com rendimento atrativo, que pode chegar a mais de 20% ao ano, contra uma inflação anual (IPCA) acumulada em 12 meses de 4,82%, este tipo de operação tem atraído investidores, não apenas pelo bom retorno, mas também porque são ativos descorrelacionados do cenário macroeconômico, portanto menos voláteis.

FIIs

Queridinhos de quem busca dividendos, os fundos imobiliários atraem investidores que aplicam no setor imobiliário, como shoppings, hospitais, hotéis e prédios comerciais. Cada cotista se torna “dono” de parte do imóvel e adquire o direito de receber os rendimentos. Mas cuidado, não é qualquer FII que deve compor sua carteira. O analista independente, Ricardo Schweitzer recomenda que o investidor avalie bem antes do aporte.

“Um dividendo elevado não deve, jamais, ser o único critério para escolher um fundo imobiliário, porque estaríamos desconsiderando a sustentabilidade destas distribuições. Mas se eu puder dar um conselho, fuja dos FIIs de papel e opte por FIIs de tijolo com bons fundamentos. Para isso, é preciso observar a qualidade de portfólio dos imóveis investidos pelo fundo e estar atento à saúde financeira dos inquilinos, principalmente se os imóveis têm apenas um ou poucos locatários”, destaca.

Fiagros

A lista não poderia deixar de mencionar os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros). O Fiagro é uma junção dos recursos de vários investidores para a aplicação em ativos de investimentos do agronegócio, sejam eles de natureza imobiliária rural ou de atividades relacionadas à produção do setor. Cabe ao administrador do fundo realizar a captação de recursos com os investidores por meio da venda de cotas. “A classe de ativos é fundamental para garantir a diversificação do portfólio”, lembra André Ito, sócio e gestor da MAV Capital.

Os Fiagros têm registrado forte adesão dos investidores desde seu lançamento no mercado no final de 2021 e oferecem a oportunidade de diversificar a carteira aplicando em um dos setores mais resilientes da economia brasileira. Não há obrigação dos fundos em pagarem dividendos recorrentes, mas é claro que há todo o interesse dos gestores em fazê-lo.

Fundos Cash

Para os mais conservadores que não desejam incorrer em risco, mas desejam uma rentabilidade superior ao CDI, a dica é investir nos fundos cash ou fundos de caixa. São multimercados sem risco de crédito privado corporativo, que contam com alta liquidez e investimento mínimo baixo. Um exemplo é o Trópico Cash Plus FIM, com uma rentabilidade acumulada nos últimos 12 meses de 109% do CDI. O fundo permite o saque dos recursos aconteça 2 dias após o pedido de resgate sem carência e o investimento mínimo é de R$ 100,00.

“O fundo tem sido reconhecido pelo mercado como opção para investidores que procuram aplicar recursos líquidos, com retorno superior ao CDI, incorrendo em zero nível de exposição ao risco de crédito privado corporativo e baixa volatilidade. Atende tanto pessoas físicas, quanto outros fundos e empresas que procuram opções para alocarem seu caixa de curto prazo”, diz o gestor da Trópico Investimentos, Fernando Camargo Luiz.