24/09/2021 - 0:11
O que Donald Trump fez no dia do ataque ao Capitólio? Para esclarecer, quatro membros do círculo próximo do ex-presidente foram convocados nesta quinta-feira por uma comissão parlamentar de inquérito.
A pressão aumenta para o bilionário republicano, considerado por muitos o responsável direto pelo ataque à sede do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, no dia 6 de janeiro.
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A comissão, que Donald Trump descreveu no passado como “altamente tendenciosa”, está particularmente interessada em Mark Meadows, chefe de gabinete do 45º presidente dos Estados Unidos na época do ataque.
“Parece que você estava com ou perto do presidente Trump em 6 de janeiro, que teve comunicações com o presidente e outras pessoas naquele dia sobre os eventos no Capitólio”, detalhou o democrata Bennie Thompson, que chefia a comissão, em uma carta a Meadows.
Dan Scavino, um assessor próximo de Trump, é suspeito de ter estado com o então presidente em 5 de janeiro durante uma conversa para buscar maneiras de convencer os membros do Congresso a não certificarem a vitória de Joe Biden na eleição.
Foi a mesma sessão de certificação que partidários de Donald Trump tentaram interromper, após se reunirem aos milhares fora da Casa Branca em ato público do então presidente, que alegou sem provas que a eleição havia sido fraudada.
Várias centenas de seus seguidores invadiram o Capitólio para evitar a certificação de Biden. Cinco pessoas morreram naquele dia frio de janeiro.
Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, que teria dito na véspera do assalto que “amanhã será um inferno”, também foi convocado a comparecer perante a comissão parlamentar, assim como Kashyap Patel, outro homem de confiança do primeiro Presidente.
A comissão exige que os quatro homens entreguem um pacote de documentos até 7 de outubro e testemunhem perante o Congresso na semana seguinte.