12/11/2018 - 9:13
O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina registrou melhora na passagem do trimestre encerrado em julho para o trimestre terminado em outubro, embora permaneça em patamar desfavorável, em -10,7 pontos. No fim de julho, o ICE estava em -21,1 pontos. O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) em parceria com o instituto alemão Ifo.
A melhora foi puxada pelo Indicador das Expectativas (IE) que passou de um saldo zero em julho para 21,6 pontos em outubro. Já o Indicador da Situação Atual (ISA) registrou avanço de 1,7 ponto, mas permanece negativo em -38,3 pontos.
O ICE do Brasil ficou negativo em 33,8 pontos em outubro ante um resultado negativo de 45,9 pontos em julho. Apesar da melhora, o País ainda teve o maior saldo negativo entre o grupo dos Brics, seguido pela África do Sul (-27,0 pontos).
No Brasil, o ICE permanece negativo desde julho de 2013, com um breve intervalo em janeiro de 2018, quando os principais institutos de pesquisa projetavam crescimento do PIB ao redor de 3% e possível aprovação da Reforma da Previdência, ressaltou a FGV, em nota. “Em outubro, com a eleição do novo presidente, o Indicador positivo das Expectativas melhorou e o ISA continuou negativo, mas recuou 10,2 pontos”, apontou a FGV.
Na passagem de julho para outubro, o Indicador de Situação Atual passou de -88,0 pontos para -77,8 pontos, enquanto o Indicador de Expectativas saiu de 12,0 pontos para 25,9 pontos.
O comportamento do clima econômico mundial piorou no período, passando de um saldo positivo para um saldo negativo de -2,2 pontos. O ICE da União Europeia recuou 10,2 pontos na passagem de julho para outubro, para 1,7 ponto. Nos Estados Unidos, o ICE aumentou 8,2 pontos, para 27,8 pontos. No Japão, houve crescimento de 11,5 pontos, para um saldo positivo de 8,8 pontos.