01/12/2025 - 16:09
Ao completar 80 anos em novembro de 2025, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) celebrou sua trajetória com uma agenda especial em Brasília, nos dias 25 e 26 de novembro. A programação destacou um dos elementos centrais da história econômica do País: o papel do Sistema Comércio na formulação de políticas públicas, na qualificação profissional e na defesa de um ambiente de negócios seguro e competitivo. Entre as ações comemorativas, estiveram a pré-inauguração do restaurante-escola do Senac Eixo Monumental, a Missa em Ação de Graças na Catedral de Brasília e uma Sessão Solene no Congresso Nacional.
A cerimônia no Senado Federal , no dia 26 de novembro, reuniu parlamentares, autoridades e lideranças empresariais, marcando um gesto simbólico de reconhecimento ao papel desempenhado pela CNC desde 1945. No discurso que conduziu a sessão, o presidente da entidade, José Roberto Tadros, reafirmou princípios que a Confederação considera fundamentais para o desenvolvimento como democracia, livre iniciativa e segurança jurídica, e destacou a centralidade do Sistema S na missão institucional da CNC. “Nossa missão vai além da representação empresarial. Atuamos como agentes de transformação social por meio do Sesc e do Senac, levando educação, cultura, assistência, qualificação profissional e bem-estar a milhões de brasileiros”, afirmou.
A programação incluiu momentos que reforçaram essa dimensão histórica. A pré-inauguração do restaurante-escola do Senac Eixo Monumental, no dia 25 de novembro, apresentou a combinação entre ensino, inovação e valorização da gastronomia brasileira, elementos que caracterizam a abordagem pedagógica e cultural construída pelo Sistema Comércio nas últimas décadas. Em outro gesto simbólico, uma Missa em Ação de Graças na Catedral de Brasília, no mesmo dia, reuniu dirigentes e colaboradores para marcar o início da semana comemorativa, destacando a importância das pessoas que sustentam a estrutura do Sistema CNC-Sesc-Senac.
No Congresso Nacional, as celebrações avançaram para além da Sessão Solene. Os Correios lançaram um selo e um carimbo comemorativos, gesto que reforçou a presença da CNC na memória institucional do País e simbolizou o reconhecimento da sociedade à sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social. Paralelamente, uma exposição no Espaço Mário Covas, na Câmara dos Deputados, apresentou marcos da trajetória da entidade, com documentos históricos, registros fotográficos, experiências interativas e conteúdos digitais que mostraram como a Confederação se adaptou a diferentes ciclos políticos e econômicos.
A mostra destacou momentos centrais da atuação da CNC, como as Conferências das Classes Produtoras, a entrada no Mercosul e na Câmara de Comércio Internacional, a participação na Organização Internacional do Trabalho (OIT), além de iniciativas recentes ligadas à digitalização, à modernização institucional e à qualificação profissional de milhões de trabalhadores. Também chamou atenção o espaço imersivo dedicado ao Memorial do Comércio, acessível por meio de óculos de realidade aumentada, evidenciando o esforço de atualização tecnológica e de preservação da memória institucional.
Os depoimentos de autoridades presentes também reforçaram a relação entre a CNC e a formulação de políticas públicas. Representando o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Pedro Henrique Guerra destacou a convergência entre as propostas da Confederação e as ações governamentais voltadas à melhoria do ambiente de negócios, expansão de acordos internacionais e fortalecimento das bases regulatórias do setor de serviços. Lideranças empresariais e presidentes das federações estaduais do comércio enfatizaram o caráter privado do Sistema S e sua importância como rede de qualificação e assistência social sem uso de recursos públicos.
Ao final da programação, ficou evidente que a comemoração dos 80 anos da CNC não se limitou a uma revisão histórica, mas reforçou a posição da Confederação como instituição estruturante da economia brasileira. Em um momento de intensas transformações tecnológicas e de mudanças no mercado de trabalho, a trajetória celebrada em Brasília destacou o papel da CNC como agente de estabilidade, inovação e desenvolvimento, além de ser uma ponte entre o setor produtivo, o Estado e a sociedade, comprometida há oito décadas com a construção de um país mais dinâmico, competitivo e inclusivo.
