RIO DE JANEIRO (Reuters) – Pesquisa CNT/MDA divulgada neste sábado, véspera do primeiro turno das eleições, mostrou cenário de indefinição sobre a possibilidade de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no domingo, uma vez que colocou o petista com 48,3% dos votos válidos, contra 39,7% do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Como a margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais, Lula teria de 46,1% a 50,5% dos votos válidos, que excluem brancos, nulos e os indecisos da pesquisa.

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Para vencer na primeira rodada de votação, um candidato precisa ter mais da metade dos votos válidos.

Lula manteve o mesmo patamar de 48% dos votos válidos na comparação com o levantamento anterior, divulgado em 16 de setembro, enquanto Bolsonaro oscilou um ponto positivo para cima, de 39% para 40%.

No total de intenções de voto, Lula variou 1 ponto para cima e chegou a 44%, mesma oscilação de Bolsonaro, que foi a 36%.

A uma distância considerável dos dois primeiros colocados, a pesquisa CNT/MDA mostrou Ciro Gomes (PDT) com 4% das intenções de voto, ante 6% no levantamento passado, seguido da senadora Simone Tebet (MDB), que oscilou para 4% ante 5%.

Considerando os votos válidos, Ciro tem 4,9% e Tebet, 4,7%. Soraya Thronicke (União) aparece com 1,3% dos votos válidos.

Os que pretendem votar em branco ou nulo somaram 4,2%, ante 4,1% antes, e 4,3% responderam que ainda não sabem em quem votar, ante 6% na pesquisa passada.

Segundo turno

Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista tem vantagem de 50,4% dos votos contra 41,2% do atual presidente, com 7,1% de branco/nulo e 1,3% de indecisos, segundo a pesquisa.

Na pesquisa anterior, o petista venceria por 49,4% a 39,3%.

A pesquisa também mostrou que Bolsonaro está empatada com Ciro como os candidatos com maior rejeição entre os eleitores, com 54% dos entrevistados dizendo que não votariam neles de jeito nenhum.

No levantamento anterior, Bolsonaro tinha 55% de rejeição e Ciro, 50%. A rejeição a Lula é de 48%, ante 46% na pesquisa passada.

A sondagem do instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), entrevistou 2.002 pessoas, presencialmente entre os dias 28 e 30 de setembro.

(Por Pedro Fonseca)

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