São quase 50 anos de atuação no segmento imobiliário paulista. Uma história construída na intermediação de imóveis de alto luxo e que tornou a Coelho da Fonseca referência nacional. Há 15 anos, a empresa fundada por Álvaro Coelho da Fonseca diversificou o portfólio ao apostar em incorporação. O primeiro projeto definido foi o Haras Larissa, um condomínio triplo A em Monte Mor, a pouco mais de 100 quilômetros da metrópole. O empreendimento é desenvolvido em área de 550 hectares, em sociedade com a empresa Talon, pertencente à família Bordon e dona da área. Diante do sucesso da empreitada, a companhia deu início à segunda fase do planejamento. “É um projeto particular do meu pai. Um sonho”, disse à DINHEIRO Álvaro Marco Coelho da Fonseca, filho e diretor-executivo.

O projeto é comandado pessoalmente pelo fundador de 73 anos enquanto Álvaro Marco e o irmão, Luiz Alfredo, administram o dia a dia da imobiliária e o seu core, a venda de imóveis na capital.

Já a irmã, Maria Theresa, trabalha no setor de RH.

O Haras Larissa é, segundo o primogênito, o terceiro maior da categoria no Brasil, atrás dos também paulistas Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, e Quinta da Baroneza, em Itatiba. “É uma oportunidade de negócios para os paulistanos que buscam uma segunda moradia”, afirmou Álvaro Marco. “Um ambiente mais exclusivo para quem gosta da vida no campo.”

(Divulgação)

A segunda fase do Haras Larissa envolve a comercialização de 266 lotes de 1,5 mil a 3 mil metros quadrados, mesma metragem dos terrenos da fase inicial, além de 21 manéges que podem alcançar 30 mil m², ao custo de R$ 25 milhões o maior. O preço do m² parte de R$ 2 mil nos lotes e de R$ 850 nos manéges.

• O empreendimento disponibiliza completa estrutura de lazer e esportiva, além de hotel, restrito a convidados dos moradores.
• Isso sem contar área verde de 275 mil m².
• O haras possui cerca de 30 espécies frutíferas no pomar Larissa,
• e mais de 100 espécies de animais resgatados no retiro, além de outros 40 tipos naturais da fazenda.

DIVERSIFICAÇÃO

Apesar da aposta recente em condomínio de luxo no interior de São Paulo, a Coelho da Fonseca tem um portfólio diversificado de produtos e serviços.

Inclui, por exemplo, a administração de bens e a comercialização de imóveis em endereços nos Estados Unidos (Nova York e Miami), Europa (França e Portugal) e nos vizinhos brasileiros Argentina e Uruguai.

Na visão do executivo, os negócios devem levar a empresa a um crescimento de até 30% na receita este ano. “No ano passado o VGV chegou a R$ 1,3 bilhão.”

Em São Paulo a empresa tem forte atuação nos Jardins e em todas as suas subdivisões, como Jardim América, Jardim Europa e Jardim Paulista, além de outros ceps de luxo da Capital, casos de Itaim, Pinheiros, Vila Madalena, Vila Nova Conceição, Moema, Alto da Boa Vista e Higienópolis.

O tíquete médio dos imóveis vendidos no Brasil é de R$ 3 milhões no caso de apartamentos e atinge os R$ 5 milhões em casas, mas basta uma visita ao site da imobiliária, com mais de 20 mil ativos cadastrados, para encontrar opções acima de R$ 50 milhões.

Segundo Álvaro Marco, a maior transação já realizada pela companhia alcançou R$ 45 milhões, referente a uma residência no Jardim América, bairro nobre de São Paulo.

Desde o início da atuação, em 1975, foram vendidos 150 mil imóveis.

Dois destaques do atual portfólio são um apartamento no Jardim Paulistano, com 736 m² de área útil e quatro suítes, à venda por R$ 40 milhões, e uma casa no Jardim Guedala, região do Morumbi, com quatro suítes e 740 m² construídos, anunciado por R$ 10 milhões.

Em seus 49 anos de história, a Coelho da Fonseca foi a responsável também pela comercialização de empreendimentos exclusivos, que, de acordo com o executivo, se tornaram ícones na capital paulista, como os condomínios Place des Vosges, no bairro do Morumbi e com inspiração em uma praça de Paris, Chateau Margaux e Chateau Lafite, situados na Vila Nova Conceição.

“Durante vários anos foram os prédios mais caros de São Paulo. Enquanto o valor do metro quadrado na cidade custava R$ 10 mil, lá saía por R$ 30 mil”, disse Álvaro Marco.

Os irmãos Luiz Alfredo Coelho da Fonseca e Álvaro Marco seguem a trajetória do pai e dirigem o dia a dia da imobiliária (Crédito:Divulgação )

ESTRUTURA

Os negócios da Coelho da Fonseca são realizados in loco, nas sedes situadas nos Jardins, Cidade Jardim, Alto de Pinheiros, Vila Nova Conceição e Alphaville, e digitalmente, modelo que ganhou força durante a pandemia.

A diretoria criou uma equipe especializada em vendas online, além de ter fortalecido as ações em suas redes sociais e no seu site. Segundo o diretor, a empresa anunciava seus ativos em sites imobiliários especializados, mas o descontentamento crescente com o retorno proporcionado impulsionou o investimento no ambiente digital.

“Com essa decisão aumentamos os leads em aproximadamente 50% e também ampliamos a taxa de conversão. Temos um cliente mais fidelizado, que já está dentro de casa, dentro do site.”

A imobiliária tem 470 funcionários, sendo ao menos 370 corretores de imóveis. Todos “devidamente preparados” para atender às necessidades dos clientes que, na visão de Álvaro Marco, têm apresentado perfil diferenciado nos últimos anos.

“Antigamente, os clientes com potencial para comprar imóveis de altíssimo valor, na casa de R$ 20 milhões, R$ 30 milhões, eram mais velhos, com 60, 70 anos”, afirmou. Eram empresários e famílias ricas e tradicionais. “Mas, atualmente, parte da clientela é formada por profissionais ligados ao mercado financeiro, entre 30 e 45 anos, que começaram a ganhar muito dinheiro e se tornaram milionários.”

E nem mesmo o fato de os preços terem triplicado desde o advento da Covid-19 tem assustado os compradores. “O mercado se estabilizou em um patamar mais elevado, com valores mais altos.” É hora de vender!