O Brasil Agriland, primeiro metaverso do agronegócio, entrará no ar até o final de janeiro e promete criar uma experiência imersiva em conteúdos específicos do setor. O objetivo é criar espaços de relacionamento, salas de reunião, negócios, auditórios em um espaço lúdico e interativo. “O Brasil Agriland está mais para um game do que para um sistema complicado que exige equipamentos especiais”, afirmou o sócio do hub de comunicação Brasil Agribusiness Bruno Wegmann, que com o grupo DC7 criou o Brasil Agriland.

A ideia da simplicidade é importante para conectar inicialmente 10 cadeias produtivas do agronegócio, indo do campo até o consumidor final. Segundo Wegmann, o hub Brasil Agribusiness vinha elaborando todo o conteúdo para criação de uma comunicação mais efetiva para o agronegócio brasileiro no mundo. Seus eventos permanecerão ativos entre o mundo presencial e online, com diversos pontos de encontro e nos mais variados formatos, incluindo podcast, canal de vídeos, blog, newsletter, redes sociais, eventos presenciais anuais e agora também no metaverso.

+Índice de Commodities do Banco Central cai 2,18% em dezembro e 1,56% em 2022

Lançado durante o Fórum Planeta Campo, em 2022, o Brasil Agriland incluirá associações setoriais, que serão as anfitriãs do universo e de suas respectivas cadeias produtivas, para apresentar os conteúdos e principais temáticas que envolvem o segmento. As empresas também poderão ter espaços exclusivos e customizados para receber seus clientes, promover ações de relacionamento, realizar reuniões, palestras, conferências, lançamentos e exposição de produtos em experiências lúdicas com recursos de gamificação e entretenimento.

Wegmann acredita que o avanço do uso de tecnologias de ponta pelo setor e a chegada de uma nova geração ao comando do agronegócio permite experiências como essas. Ser um ambiente para negócios é também um dos planos do Brasil Agriland, que terá espaços exclusivos para engajamento entre empresas, produtores e brokers, proporcionando oportunidades e networking.

“O metaverso é uma plataforma inovadora que proporciona uma forma de comunicação mais interativa e dinâmica, criando experiências nesse universo disruptivo e versátil”, destaca o sócio do Brasil Agribusiness. Ao entrar no Brasil Agriland, cada usuário poderá criar o seu avatar. A movimentação é intuitiva como num game, permitindo andar pelos espaços e interagir com conteúdos ou avatares de outras pessoas no ecossistema.

Experiências imersivas

Esse tipo de experiência virtual está entre as principais vocações tecnológicas para 2023. De acordo com o estudo Hype Cycle, do Instituto Gartner, as vivências virtuais estão entre as três tendências-chave de um mundo que reúne várias tecnologias, incluindo a Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, blockchain, entre outras que terão um enorme potencial de tomar conta do mercado nos próximos 10 anos. Os termos ‘interação’ e ‘imersão’ foram criados para designar exatamente esse uso de ferramentas inteligentes. “Tudo isso promete criar uma conexão mais próxima com o consumidor, com mais engajamento e maior valorização da relação entre o cliente e a marca”, disse o gerente de futuro e novas abordagens do Grupo Stefanini, João Monjaraz. Segundo ele, o mercado vem explorando o mundo virtual de formas distintas. Entre essas iniciativas estão os ativos digitais, como NFTs, cujo objetivo é dar ao consumidor formas de se conectar com uma marca ou setores específicos.

É exatamente o que o Brasil Agriland propõe. O metaverso do agro será implementado em três fases distintas. A primeira, que custará até R$ 2 milhões, será a etapa de comunicação, considerado um dos grandes problemas do setor. “Queremos apresentar conteúdos para reforçar o posicionamento do agronegócio como um todo, já que muitas empresas estão fazendo por iniciativa própria”, disse Wegmann. Por isso, foram trabalhados os conceitos de trilhas de conhecimento, dando oportunidade a cada cadeia de mostrar seu processo de produção, desde o início até a prateleira para das lojas. “Queremos mostrar a ele como é produzido o que ele consome, incluindo as preocupações ambientais no processo”.

A segunda fase, que deve entrar em funcionamento até o final do ano, terá uma parte mais forte de educação, incluindo as universidades na trilha do conhecimento do metaverso, utilizando uma série de ciências voltada para o agronegócio.  Na terceira fase, a previsão é criar um grande marketplace dentro do metaverso para que as empresas possam negociar no universo virtual, com criptomoedas específicas para gerar mais valor a todo o ecossistema. “Mas tudo isso vai depender do engajamento na primeira e segunda etapas”, disse Wegmann.