13/06/2021 - 9:37
Encher o tanque com gasolina, diesel ou etanol nunca esteve tão pesado. Puxado pela disparada do petróleo e da cotação do dólar, os combustíveis se tornaram artigos de luxo em um cenário de economia em apuros, inflação em alta e renda estrangulada. Mas há esperança no horizonte. A Nissan e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ligado à USP, vão apresentar nesta segunda-feira (14) a renovação de um acordo para estudos de uma nova tecnologia para abastecimento de veículos: motor elétrico a a célula de etanol. A tecnologia, basicamente, reduz o tamanho e o peso dos transformadores internos do carro, viabilizando a utilização em veículos leves. A vantagem é que os carros a célula de etanol não precisam de tomada para carregar a bateria e poderão ser reabastecidos em qualquer posto do Brasil.
Para seguir com as pesquisas e viabilizar o novo combustível, o executivo descarta qualquer incentivo tributário ou fiscal. Cousseau é assumidamente contrário a incentivos do governo, como os antigos Inovar-Auto e o Rota 2030. “Sou contra incentivos fiscais porque esse negócio não funciona. A gente só precisa ter condições de competir e uma carga tributária coerente”, afirmou Cousseau, que nos últimos 30 anos trabalhou na China, México e Estados Unidos.Um combustível mais eficiente e, por consequência, mais leve no bolso do consumidor, chega em boa hora. De acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), os preços médios da gasolina e do etanol voltaram a avançar em maio, em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado,o etanol avançou 50,40% nos últimos 12 meses e foi encontrado a R$ 4,822. Já a gasolina está 44,77% mais cara, e foi comercializada nos postos a R$ 5,798.