O Itaú Unibanco registrou lucro líquido de R$ 10,072 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período de 2023. Já na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a alta foi de 3,1%.

O resultado do maior banco da América Latina foi impulsionado por diferentes fatores. Os índices de inadimplência tiveram queda de 0,3 ponto porcentual em um ano, para 2,7%, considerando os atrasos acima de 90 dias. Com isso, o custo de crédito do Itaú recuou 6,7%, para R$ 8,812 bilhões, ao mesmo tempo que o ritmo de crescimento da carteira acelerou em relação ao primeiro trimestre.

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A carteira de crédito do Itaú subiu 8,9% em um ano, para R$ 1,254 trilhão em junho. Se desconsiderados os efeitos da variação cambial, o crescimento foi de 7,1%, para o mesmo montante. O portfólio de grandes empresas no Brasil foi o de crescimento mais acelerado, com alta de 16,3% em um ano, para R$ 408,5 bilhões. Em pessoas físicas, a alta do crédito foi de 3,2% em um ano, para R$ 418,3 bilhões.

Já no segmento de cartões de crédito, houve um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 130,9 bilhões no fim de junho. O Itaú é o maior emissor de cartões do Brasil. No crédito pessoal, por outro lado, a alta foi de 9,4%, a maior da carteira pessoa física, chegando a R$ 63,2 bilhões.

As operações para micro, pequenas e médias empresas chegaram a R$ 198,2 bilhões em junho, alta de 12,5% em um ano. Nas operações para pessoas jurídicas, o maior crescimento foi no crédito rural, com avanço de 46,3%, para R$ 21,4 bilhões.

“Estamos bastante satisfeitos com os resultados consistentes deste trimestre, que demonstram a força e a solidez das nossas diferentes linhas de negócios”, diz em nota o presidente do Itaú, Milton Maluhy. “Vemos com muito otimismo o que vem pela frente, impulsionados por uma agenda robusta de inovações totalmente focadas na melhor experiência dos nossos clientes.”

O Itaú encerrou junho com R$ 2,931 trilhões em ativos, com alta 13,4%, em um ano, e de 5,1% em um trimestre. O patrimônio líquido era de R$ 183,788 bilhões, número 8,6% maior que um ano antes, e o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) subiu 1,5 ponto porcentual no mesmo período, chegando a 22,4%.

Alta nas receitas

A receita total do Itaú, chamada pelo banco de produto bancário, foi de R$ 41,811 bilhões, um crescimento 7,7%, em um ano, e de 3,6% em três meses. O número soma as margens com juros e as receitas com serviços.

A margem financeira subiu 6,4% em um ano, para R$ 27,665 bilhões. A margem com clientes, que contabiliza os ganhos gerados pelas operações de crédito, teve alta de 5,4%, para R$ 26,263 bilhões.

Na tesouraria, o resultado foi de R$ 1,402 bilhão, alta de 31%, em um ano, e de 32,4% em um trimestre. Além de contabilizar as exposições do Itaú ao mercado brasileiro, o que inclui os juros, a tesouraria do banco também inclui a proteção cambial que o banco faz para o capital que possui nas operações na América Latina.

A receita com serviços teve alta de 9,4% no mesmo período, para R$ 11,333 bilhões. As receitas com administração de recursos, que subiram 12,7%, e as do banco de investimento do conglomerado, que tiveram um salto de 83,5%, alavancaram essas operações.