17/04/2021 - 19:51
O ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, entrou no acalorado debate sobre a imigração ao afirmar nas páginas do jornal Washington Post que os “novos americanos” desempenham um “papel positivo”, e defender um sistema de regularização progressiva para imigrantes sem documentos.
Ex-governador do Texas, um estado que faz fronteira com o México e é fortemente influenciado pela imigração, o republicano publicou esta coluna antes do lançamento em 20 de abril de seu novo livro, que reúne retratos de imigrantes (“Out of Many, One: Portraits of America’s Immigrants” )
Com humor, George W. Bush, 74, escreve que sabe que suas pinturas “podem não abalar o mundo da arte”. Porém, ao compartilhar “notáveis” histórias de imigrantes, o ex-presidente diz que espera “humanizar o debate sobre a imigração e a reforma” do sistema.
“Os novos americanos hoje desempenham o mesmo papel positivo, com sua energia, seu idealismo e seu amor pelo país, que sempre tiveram”, escreve ele.
O lançamento do livro ocorre enquanto o presidente democrata Joe Biden, que prometeu uma política de imigração mais “humana” após os anos do republicano Donald Trump, lida com o maior aumento nas chegadas de migrantes em 15 anos.
Embora não apresente uma proposta detalhada, o republicano cita vários princípios: um caminho de cidadania para quem foi para os EUA ainda criança, os chamados “Sonhadores”; um fortalecimento da fronteira com o México; um “sistema modernizado” de recepção dos requerentes de asilo; e um aumento da imigração legal para permitir que “pessoas talentosas tragam suas ideias e suas esperanças”.
Em relação aos milhões de imigrantes sem documentos que já vivem no país, Bush acredita que uma anistia geral seria “profundamente injusta” para aqueles que tentam chegar legalmente, mas acrescenta que “um processo progressivo deve ser aberto” para obter uma autorização de residência e depois cidadania.
Assim, os imigrantes indocumentados deveriam pagar uma multa e seus impostos atrasados, fornecer prova de seus anos de trabalho nos Estados Unidos e um bom conhecimento da língua inglesa e da história americana, além de não ter antecedentes criminais.