ALAUSI, Equador (Reuters) – Famílias e grupos de resgate no Equador trabalham para encontrar dezenas de pessoas ainda desaparecidas depois de um deslizamento de terra, que soterrou prédios e um estádio na pequena cidade de Alausi, que já tem um número oficial de mortos de sete, mas que deve aumentar.

O deslizamento atingiu Alausi, na província andina de Chimborazo, no Equador, na noite de domingo, afetando cerca de 163 prédios e 500 pessoas, disseram autoridades.

Cerca de 64 pessoas estavam desaparecidas na noite de segunda-feira, de acordo com a agência de desastres do Equador, e por volta de 32 sobreviventes foram resgatados.

Usando pás, parentes cavaram a terra em locais que eles acreditam que seus entes queridos estavam quando o deslizamento de terra aconteceu.

“Não recebemos ajuda, estamos procurando desde segunda-feira, não podemos deixar nossos parentes aqui na terra”, disse aos prantos Sandra Caranqui, de 32 anos,  na terça-feira. Ela e outros membros da família estavam procurando por seu pai e quatro irmãos desaparecidos no desastre.

“Não temos mais esperança de que estejam vivos”, disse ela. “Eles estão lá há dois dias.”

Temendo que mais deslizamentos de terra possam ocorrer, o governo ordenou a desocupação de cerca de 600 casas como medida preventiva, com três abrigos montados para cuidar dos afetados.

O deslizamento ocorreu após fortes chuvas que destruíram estradas, pontes e outras infraestruturas. O presidente Guillermo Lasso declarou na semana passada estado de emergência em 14 províncias devido ao mau tempo e a um terremoto que abalou o país em 18 de março.

(Reportagem de Tito Correa e Karen Toro em Alausi)

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