25/06/2020 - 12:52
Hollywood se prepara para se reencontrar com a telona: o thriller “Fúria incontrolável” (“Unhinged”), com Russell Crowe, estreia em 10 de julho.
Será o primeiro filme a passar nos cinemas dos Estados Unidos, desde que estes estabelecimentos fecharam as portas há mais de três meses, devido à pandemia do novo coronavírus.
Em 31 de julho, será a vez do esperado “Tenet”, de Christopher Nolan, chegar às salas de cinema.
+ Inglaterra reabre restaurantes, hotéis, salões, cinemas e museus em julho
+ Memorial da América Latina inaugura cinema drive-in em São Paulo
Mas valerá a pena para os estúdios esta aposta em um rápido retorno?
Embora os principais circuitos de salas de todo país planejem o retorno para a primeira quinzena de julho, os cinemas em Nova York e Los em Angeles ainda não podem reabrir.
E, mesmo com as medidas de distanciamento social e com o aumento da frequência de limpeza, ainda é uma incógnita se o público aceitará voltar a ocupar estes espaços fechados, diante do risco de uma possível segunda onda da pandemia.
Primeira rede de salas de cinema do mundo, a AMC causou polêmica ao se negar a tornar o uso de máscaras obrigatório em suas instalações. Diante das críticas, a empresa recuou, estabelecendo sua obrigatoriedade em certas regiões dos Estados Unidos.
De distribuidores independentes a estúdios produtores de sucessos de bilheteria, todos estarão com as atenções voltadas para as próximas estreias.
“Hollywood não é um lugar, onde os concorrentes tenham o costume de desejar o sucesso entre si”, brincou o produtor de “Fúria incontrolável”, Mark Gill.
“Mas, nestas circunstâncias particulares, todos esperam que tudo corra bem conosco”, completou.
– “O risco vale a pena” –
“Alguém tem que ser o primeiro. Definitivamente, o risco vale a pena”, comentou o analista de entretenimento Jeff Bock, da Exhibitor Relations.
“Mas não acho que tenham tudo a seu favor”, acrescenta.
“Fúria incontrolável” é – segundo ele – um “teste para os outros estúdios”.
Já a prova de fogo será o lançamento de uma das superproduções mais esperadas este ano, “Tenet”, em 31 de julho.
Conhecido por dirigir “A origem”, Nolan fez questão de manter a data original de lançamento de seu filme de US$ 200 milhões, produzido pela Warner Bros.
A projeção teve de ser adiada em duas semanas, porém, até o fim de julho, para que Nova York e Los Angeles tenham tempo de reabrir suas salas.
“Mulan”, da Disney, também está programada para julho, após a reabertura dos parques Disney World e Disneyland. Alguns especialistas acreditam que o lançamento poderá ser adiado, se as famílias se mostrarem apreensivas a voltar a ocupar os cinemas.
“O boca a boca não vai mais ser sobre os filmes que forem realmente bons, mas sobre os cinemas que respeitarem as medidas de segurança”, prevê Bock.