O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou nesta terça-feira (17) a importância da reforma tributária para o crescimento do país. “Com reforma tributária, vamos conseguir equilibrar as contas. Se tivermos agenda correta, com contas equilibradas, o Brasil vai voltar a crescer acima da média mundial”, disse o ministro, durante sessão especial no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Haddad disse que serão implementadas medidas para impulsionar o crédito e que o Brasil contará com uma “agenda de reindustrialização voltada para a sustentabilidade ambiental”. Segundo o ministro, o mercado já compreendeu o atual governo e seus pilares de justiça social, estabilidade, previsibilidade, e um plano de desenvolvimento de médio e longo prazos.

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Sobre os desafios que o Brasil enfrenta nas contas públicas, Haddad disse que as medidas de recuperação fiscal anunciadas na semana passada tiveram boa repercussão. “Queremos voltar ao patamar de receitas e despesas no pré-crise [pré-pandemia]”, disse.

A retomada do crescimento será impulsionada também pelo fortalecimento da integração internacional, em especial pelo diálogo com os países sul-americanos. O ministro disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, levará ao G20 um discurso pautado na paz, combate à desigualdade e à fome, além da estabilidade da democracia e questões ambientais.

Atração de investimentos

Haddad também destacou a atração de investimentos ao país e as possibilidades de reindustrialização para retomada econômica do Brasil. “Recebi insumos sobre com quem dialogar tanto no governo americano quanto no mundo asiático, para que, à América Latina, seja reservada uma parte da indústria do mundo e quais setores nós podemos nos reindustrializar. A questão da indústria automobilística de última geração, do motor híbrido, do hidrogênio verde, do etanol, e mesmo a questão do agronegócio, se tiver o alcance de perceber que eles também dependem de insumos industriais, nós temos uma oportunidade de reindustrializar o país”, disse o ministro sobre o encontro com Ian Bremmer, da consultoria Eurasia.

Haddad disse ainda que, durante reunião que teve com representantes da Arábia Saudita – já parceiro de empresas e bancos brasileiros –, foi manifestado interesse em investir no Brasil, sobretudo em parcerias público-privadas e em concessões. “Eles têm fundos de investimento e estão atentos a todos os editais de parcerias que o governo brasileiro e estados e municípios vão lançar no próximo período. Isso é bom porque é um volume de recursos disponível para investimento muito importante”, afirmou.