11/11/2021 - 23:40
Uma mulher descreveu seu choque total quando os médicos disseram que ela tinha mais duas semanas de vida, após meses de dores nas costas e tosse. Becca Smith, uma praticante de ginástica, 29, achou que seus sintomas eram devido a uma hérnia de disco, por isso ficou horrorizada quando foi diagnosticada com câncer de pulmão terminal.
A campeã do concurso de biquínis estava montando seu próprio estúdio de ioga em Leeds, na Inglaterra, no final de 2019 quando começou a adoecer. Então, em janeiro de 2020, ela começou a sentir fortes dores e enxaquecas. Ela parou a ioga e o treinamento de força com a suposição de que havia machucado as costas.
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A personal trainer consultou fisioterapeutas, quiropráticos e médicos particulares – mas todas as vezes não deram certo. Até que ela foi hospitalizada depois de perder a visão pela segunda vez e pensou que uma hérnia de disco era a culpada. Becca foi mantida no hospital por cinco dias enquanto os médicos realizavam exames, ressonâncias magnéticas, tomografias computadorizadas e biópsia em suas costas em março de 2020.
Ela foi colocada a uma máquina de oxigênio, constantemente tinha bolsas de gelo amarradas à cabeça e era incapaz de andar. “Lembro-me de que dois médicos me procuraram. Eles fecharam as cortinas, meu estômago embrulhou. Eu só sabia que algo não estava certo”, disse Becca.
Os médicos disseram a garota, uma não fumante, que ela tinha câncer de pulmão em estágio quatro e que não havia nada que pudessem fazer pois já havia se espalhado para seus pulmões, coluna, cérebro e crânio. E lhe deram apenas duas semanas de vida.
Becca escreveu no Instagram, onde está documentando sua jornada, que ela ficou em um quarto particular com a família ao lado de sua cama por vários dias. Então ela foi encaminhada para casa com cuidados paliativos (fim de vida) e, apesar do início do lockdown, amigos e familiares viajaram para ficar ao meu lado para se despedir.
Os pais de Becca a levaram para casa para que ela pudesse passar um tempo lá com a família. Apesar da projeção de duas semanas, a família de Becca se recusou a aceitar que era o fim. A irmã dela investiu em remédios de ervas em uma tentativa de melhorar sua saúde tanto quanto possível, incluindo óleos de cannabis e sucos curativos.
Uma semana depois de Becca ficar em casa, uma enfermeira do hospital ligou para dizer que descobriu que Becca tinha câncer de pulmão ALK. Isso ocorre quando o gene ALK se quebra e se liga a outro gene. Esse rearranjo faz com que as células cresçam de forma anormal e leva a tumores.
Ao contrário do câncer de pulmão típico, a maioria dos pacientes com ALK não são fumantes e metade tem menos de 50 anos de idade. Embora incurável, o ALK é tratável com terapia direcionada com comprimidos que impedem o avanço do câncer.
Após o início do tratamento, o câncer deixou seu cérebro e crânio, mas uma pequena quantidade permanece dormente em seu pulmão esquerdo e na coluna vertebral, e os comprimidos atuam para que não avancem.
Becca vai ao hospital para exames mensais. Não se sabe exatamente qual é o seu prognóstico agora. Porém, ela voltou ao trabalho, à academia, e diz que se sente mais saudável mental e fisicamente. “Não posso viver minha vida com medo”, disse Becca.
“Meu mundo estava voltado para construir negócios e ganhar dinheiro, mas agora é apenas para viver uma vida longa, saudável e feliz.”