O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que US$ 50 bilhões serão necessários para erradicar a insegurança alimentar no mundo nos próximos 12 meses, assegurando as necessidades alimentares de 345 milhões de pessoas em todo o mundo.

Em um estudo sobre o tema, o Fundo destaca os problemas causados pela alta dos preços dos alimentos, que vinham em níveis elevados e tiveram uma especial disparada com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

+ FMI cria instrumento para ajudar países a enfrentar insegurança alimentar

+ Guerra na Ucrânia causa pior crise alimentar global desde pelo menos 2008, diz FMI

O FMI destaca 48 países entre os mais afetados pela crise.

O Brasil não consta entre eles, mas é lembrado como sétimo maior importador de fertilizantes da Rússia e da Ucrânia.

Para compensar os habitantes mais vulneráveis das 48 nações, o FMI estima um custo entre US$ 5,1 bilhões e US$ 7,2 bilhões em 2022.

“É importante notar que os custos adicionais são arcados em um momento em que as receitas domésticas provavelmente estão sob pressão devido ao menor crescimento do PIB, que pesa especialmente sobre a receita tributária”, lembra o FMI.

Países ainda mais vulneráveis

O FMI diz que mais da metade dos 48 países identificados como altamente expostos à crise alimentar têm amortecedores externos ou fiscais relativamente fracos, o que limita sua capacidade de resposta ao choque.

As reservas internacionais para 15 países cobrem menos de três meses de importações e as reservas para outros oito países não excedem quatro meses, aponta.

Neste contexto, “é importante notar que a mobilização adicional de receitas internas para ajudar a cobrir os gastos necessários para mitigar a crise alimentar é muitas vezes difícil no curto prazo”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.