O leilão do primeiro lote de rodovias do Paraná, composto por quatro estradas federais e três estaduais, teve início no período da tarde desta sexta-feira, 25, na sede da B3, em São Paulo. Serão concedidos 473 quilômetros entre Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais. O critério utilizado será o de menor desconto em relação ao valor máximo estipulado por quilômetro rodado: R$ 0,10673.

A expectativa é que duas operadoras participem do certame, o primeiro rodoviário da atual gestão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O edital prevê R$ 13,1 bilhões em investimentos ao longo dos 30 anos de contrato nas rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427. Do montante total, R$ 7,9 bilhões devem ser aplicados em obras de melhorias e manutenção e R$ 5,2 bilhões em custos operacionais.

Logo antes do início da disputa, o ministro do Transporte, Renan Filho, voltou a dizer que a expectativa inicial era de maior concorrência. No entanto, sem citar nomes, afirmou que o lote será disputado entre duas empresas que participam pela primeira vez de um leilão federal desse tipo e classificou isso como positivo.

O governador do Paraná, Ratinho Junior, que também está na sede da B3 para acompanhar o evento, comemorou a presença de “nomes fortes” no leilão.

O lote é o primeiro de seis previstos que devem ser leiloados pela gestão paranaense, com previsão de mais de R$ 50 bilhões em investimentos em 3,3 mil quilômetros.

O leilão desta sexta-feira inclui pontos das novas regras elaboradas pelo governo em parceria com Estados e entes privados.

O objetivo é corrigir distorções vistas em disputas passadas, que levaram a problemas de sustentabilidade de contratos e, consequentemente, pedidos de devolução de concessões em alguns casos.

Entre as atualizações, está a previsão de aportes adicionais em caso de descontos muito elevados