Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para que preste esclarecimentos sobre a morte por asfixia de Genivaldo de Jesus Santos no porta-malas de uma viatura durante uma abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no interior de Sergipe.

O colegiado aprovou mais de um requerimento de convocação do ministro, assim como do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.

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O vídeo da morte por asfixia de Genivaldo, de 38 anos, em que agentes da PRF improvisaram uma “câmara de gás” em uma viatura da polícia viralizaram e provocaram fortes reações de entidades dentro e fora do país exigindo providências.

A PRF informou por meio de nota que “instaurou processo disciplinar para elucidar os fatos e os agentes envolvidos foram afastados das atividades de policiamento”.

O presidente Jair Bolsonaro, que chegou a generalizar a conduta dos agentes da PRF e criticou a cobertura da imprensa do caso, afirmou que a Justiça vai “decidir” sem “exageros e sem pressão por parte da mídia”.

E em meio à repercussão negativa, o governo dispensou dois diretores da cúpula PRF: o diretor-executivo da PRF, Jean Coelho, e o diretor de inteligência da instituição, Allan da Mota Rebello.

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