A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira, 5, a mensagem do presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) autorizando a prefeitura de Maceió a tomar um empréstimo de US$ 40 milhões. O valor servirá para responder ao risco de desastre ambiental que a cidade enfrenta com tremores de terra e a iminência de colapso de uma mina da Braskem. A medida agora segue para o plenário da Casa, em regime de urgência.

A mensagem aprovada pela comissão autoriza o empréstimo de crédito externo junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), com garantia da União.

A medida foi anunciada na segunda-feira, 4, pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que exercia interinamente a Presidência do Senado na ausência do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e do primeiro vice-presidente, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que acompanhavam a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem oficial a Dubai (Emirados Árabes Unidos), para participar da Conferência do Clima (COP28).

O senador pediu celeridade na aprovação e já havia se reunido com autoridades como Alckmin, que substitui Lula na presidência, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e o ministro do Turismo, Celso Sabino, para lidar com o enfrentamento da crise.

Os recursos devem ser investidos pela capital alagoana na reparação dos danos causados por uma mina de extração de sal-gema da petroquímica Braskem. As 35 minas da companhia na região começaram a ser fechadas em 2019, depois que a empresa foi responsabilizada pelo surgimento de rachaduras em casas e ruas de alguns bairros de Maceió no ano anterior, mas isso não impediu que a movimentação do solo continuasse. Pesquisadores, porém, dizem alertar sobre riscos na área pelo menos desde 2010.

A prefeitura de Maceió decretou estado de emergência no último dia 29, após tremores de terra no bairro de Mutange.