08/06/2017 - 16:24
O Comitê Paralímpico Brasileiro anunciou hoje (8) a seleção de atletismo que vai disputar o mundial paralímpico em Londres, entre 14 e 23 de julho. Dos 25 convocados, 17 atletas participaram dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, sendo que 12 foram medalhistas. O Brasil será representado pela maioria de atletas experientes com alguns estreantes.
Com oito medalhas em mundiais e 12 anos de carreira, o alagoano Yohansson do Nascimento espera subir ao pódio nas duas modalidades que disputará. “Eu já tenho oito medalhas e espero competir os 100 e 200 metros para completar minha décima medalha em campeonatos mundiais”, disse o atleta de 30 anos que se prepara também para participar dos Jogos de Tóquio, em 2020.
Para o corredor, as Olimpíadas do Rio trouxeram um reconhecimento importante para o esporte paralímpico. “A principal mudança é uma coisa que o dinheiro não pode comprar, que é a valorização. O dinheiro não pode comprar a visibilidade que temos hoje. Isso que me alegra, em saber que o trabalho que temos feito ao longo dos anos está sendo recompensado, com todo os brasileiros reconhecendo as nossas conquistas,” explicou.
O bicampeão mundial e recordista mundial dos 400 metros Daniel Mendes disse que também vai confiante e com boas chances de vitória para Londres. “As perspectivas são as melhores possíveis, nós estamos aí com uma excelente marca. Estamos indo para defender mais um título em busca do tricampeonato mundial. É muito gratificante para mim estar bem e próximo de uma competição tão importante quanto o mundial”, disse.
Apesar do alto nível, o atleta admitiu que não foi fácil superar as exigências do Comitê Paralímpico Brasileiro para conseguir a vaga na seleção. “Foi bastante difícil porque o comitê paralímpico estabeleceu um índice fortíssimo. Tanto que muitos atletas bons ficaram e não estão integrando esta delegação. E passar por este crivo de convocação já é uma vitória prévia”, destacou.
Para fazer a convocação os atletas tiveram que conseguir um desempenho com índices estabelecidos a partir dos resultados dos primeiros colocados no ranking de 2016 em cada prova e classe.
Competindo pela primeira vez fora do país, Michel Abrahame, de 19 anos, se sente vitorioso em atingir as marcas necessárias para a convocação nas provas de salto. “O índice foi bem complicado, bem forte. Fiquei até surpreso de ter conseguido fazer a prova e de ser convocado, ” disse.
Para o jovem, o mundial será uma oportunidade de ver de perto atletas que servem de inspiração. “Estou superanimado para conhecer adversários. Primeira vez que viajo para competir fora do país. Estou muito ansioso para dar o meu melhor”.