22/04/2019 - 14:39
Em greve desde meia-noite desta segunda-feira, 22, os empregados da Comlurb, empresa de limpeza urbana da prefeitura do Rio de Janeiro, reivindicam aumento salarial de 10% referente ao dissídio de 1º de março, quando começaram as negociações com a prefeitura da cidade, que acenou com ajuste da inflação, de 3,73% e outros benefícios.
A prefeitura do Rio informou que, mesmo com a greve, a Comlurb vai garantir a prestação dos serviços de limpeza urbana, após ter obtido liminar do desembargador do Trabalho, Angelo Galvão Zamorano, que determinou que o Sindicato de Asseio do Município do Rio de Janeiro mantenha um contingente mínimo de 60% do efetivo, ou cerca de 9 mil garis, para garantir os serviços indispensáveis à segurança da população.
Segundo a prefeitura, estão garantidos os serviços de coleta domiciliar, limpeza hospitalar, limpeza dos logradouros, limpeza e desentupimento de ralos e bueiros, limpeza de encostas e limpeza e preparo de alimentos nas escolas municipais (arts. 9 e 11, Lei 7783/89).
A liminar também garante que os trabalhadores que queiram sair com os caminhões de coleta de lixo possam fazê-lo sem ser intimidados por piquetes de grevistas. A multa diária é de R$ 60 mil, em caso de descumprimento, informou a Prefeitura.
A prefeitura ofereceu também aos trabalhadores benefícios como aumento do tíquete refeição/alimentação para R$ 736,48, concessão de insalubridade para os Agentes de Preparo de Alimentos de escolas municipais, na forma da lei, e conclusão da implantação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS).
Além do aumento salarial, os empregados da Comlurb querem também a implantação imediata do novo PCCS de forma integral, extensão do adicional de coleta para todos que fazem este trabalho, inclusão de outras funções no adicional de insalubridade e inclusão dos pais no auxílio-creche, segundo o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro.