20/05/2009 - 7:00
A Caixa anunciou e a fila se formou. De 14 de maio a 21 de junho, o banco do crédito imobiliário ofertará mais de 100 mil imóveis (entre novos e usados) em um feirão montado em dez cidades brasileiras. Com preços que variam entre R$ 30 mil e R$ 1,5 milhão, a grande venda deverá aumentar, e muito, a tomada de crédito na Caixa Econômica Federal.
O Rio de Janeiro, primeira cidade a receber o mutirão da casa própria, assistiu a filas se formarem antes mesmo do início das vendas. Aqueles que sonham com a casa própria encontram na iniciativa a oportunidade perfeita de fazer o melhor negócio. Os que já possuem imóvel contam com os preços reduzidos e o crédito facilitado para aumentar seu patrimônio. Mas até que ponto compensa cair na tentação do feirão?
Segundo o professor de Finanças da FEA-USP, Roy Martelanc, os frequentadores de feirões de imóveis devem se precaver e não agir por impulso. “A oferta de preços é atraente, mas os riscos são mais elevados”, explica. Em boa parte dos casos, trata-se de imóveis tomados de clientes inadimplentes e nem sempre é fácil tirá-los dali. A indicação de Martelanc é calcular o risco que se está disposto a correr.
“O comprador não pode exigir muito do imóvel e não pode se empolgar demais. Tem que agir com a cabeça fria e visitar o bem antes da aquisição”, aconselha o especialista. Outra dica importante, segundo a Proteste, é consultar o Tribunal de Justiça para saber se existe alguma ação que coloque em dúvida o débito do morador anterior. Pois, caso o antigo mutuário ganhe a ação, o novo comprador pode ficar sem o imóvel que comprou. E lembre-se: ações de despejo não são baratas. É preciso fazer as contas e definir se compensa ou não comprar a briga por um novo teto.