03/09/2018 - 10:00
Polêmico, visionário, excêntrico. É possível definir Elon Musk com os mais diversos adjetivos. Mas é inegável a vocação do empresário em ganhar dinheiro. A Tesla, sua montadora de carros elétricos, ja ultrapassou a Chevrolet como a marca de carros mais valiosa do mercado, enquanto a SpaceX, sua empresa de turismo espacial, ultrapassou a barreira dos US$ 25 bilhões.
No total, Musk tem fortuna avaliada em US$ 23,6 bilhões, um número que poderia ser maior. O fundador da Tesla nunca aceitou um cheque de pagamento de sua empresa, de US$ 56.000 ao ano, fora incentivos. Além disso, a montadora anunciou que seu fundador não irá receber nada nos próximos 10 anos até que ela atinja valor de mercado de US$ 100 bilhões.
Caso a marca seja atingida, os US$ 2,6 bilhões que ele ganhou em ações da Tesla em março passarão a valer mais de US$ 50 bilhões, o que pode fazer com que Musk ultrapasse Jeff Bezos, da Amazon, como a pessoa mais rica do mundo.
Apesar da fortuna angariada com suas empresas, Elon Musk é um workaholic assumido. Não tira férias – segundo ele, desde que fundou a SpaceX em 2002, tirou apenas duas semanas de descanso – e fora suas cinco mansões em Los Angeles, não é fã de extravagâncias.
Abaixo, contamos um pouco de sua trajetória e como ele gasta (ou não gasta), sua fortuna avaliada em U$23 bilhões.
O começo de Musk
Musk nasceu na África do Sul e aprendeu sozinho a programar. Aos 12 anos, vendeu o código de seu primeiro jogo de video game por US$ 500. Pouco antes de completar 18 anos, se mudou para o Canadá, onde realizou uma série de trabalhos braçais, como em um silo, cavando grãos. Também trabalhou cortando madeira e limpando a casa das caldeiras de uma madeireira por um valor de US$ 18 a hora, alto para a época.
Ele então aceitou uma “redução” de salário de US$ 4, ao começar a estagiar no Nova Scotia Bank. Depois do primeiro ano da faculdade, trocou de instituição e foi para a Universidade da Pennsylvania, onde conseguiu apenas uma bolsa parcial. Para arcar com os custos dos estudos, transformou sua casa em um bar ilegal aos finais de semana, cobrando US$ 5 a entrada. “Pagava minha faculdade e em uma noite arrecadava o preço do aluguel”, disse Musk sobre o período.
Depois de se formar, entrou em Stanford para conseguir um PhD, curso que acabou largando dias depois de aceito. Foi então que iniciou sua carreira de negócios, fundando a Zip2 com US$ 28.000 de seu pai. A empresa criou um software para guias de cidade vendido a jornais locais.
Apenas 4 anos depois, a Zip2 foi vendida por US$ 307 milhões, rendendo a Musk US$ 22 milhões. Investiu metade do valor obtido para fundar a X.com, serviço bancário online que logo se fundiu o PayPal, transformando o empresário no acionista majoriário da empresa de pagamentos. Em 2002 o eBay comprou a companhia, e Musk saiu da operação com U$180 milhões.
Após sair do PayPal, ele fundou a SpaceX e logo depois da Tesla e SolarCity – provedor de sistemas de energia solar. Mas em 2008, com o divórcio de sua primeira esposa, Musk começou a ter problemas financeiros, que só foram sanados em 2010 com o IPO da Tesla. Já em 2012, apareceu na lista de mais ricos do mundo da Forbes, com fortuna avaliada em US$ 2 bilhões. Cinco depois, esse número pulou para US$ 23,6 bilhões.
Para onde vai o dinheiro?
Musk não é de extravagâncias, e tem gastos pontuais. Talvez o setor que o empresário tenha gasto mais dinheiro seja o imobiliário, onde contabiliza um total de US$ 70 milhões em propriedades no bairro de Bel Air, em Los Angeles. É um total de 5 mansões, e sua última compra foi uma residência inacabada avaliada em US$ 24 milhões.
A primeira casa do bairro comprado por Musk foi uma mansão de 1.881 metros quadrados com uma biblioteca de dois andares, sala de cinema, academia e uma adega para 1.000 garrafas.
Como dono de uma montadora, é normal que Musk tenha um coleção de carros. Para além de seus Teslas elétricos, ele tem outros três veículos a explosão: o Lotus Espirit submarino do filme 007 – O Espião que me Amava, comprado por US$ 920.000, um Ford T e um Jaguar E-Type Series 1 Roadster.
Na parte filantrópica, ele chegou a assinar um documento se comprometendo a doar grande parte de seu dinheiro ao longo da sua vida, além de ter feito uma doação de US$ 10 milhões ao Future of Life Institute.