11/05/2001 - 7:00
A história se confunde: será que a Leica se tornou o melhor equipamento fotográfico do mundo por ter sido usado pelo fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson? Ou será que Cartier-Bresson é hoje uma lenda viva da fotografia mundial por nunca ter dispensado sua Leica? Talvez as duas colocações estejam corretas. E por isso todo fotógrafo, profissional ou de fim-de-semana, sonha em ter uma Leica da mesma forma que sonha em fazer retratos como os de Cartier-Bresson. Talento, bom, isso não se compra. Já a Rolls-Royce da fotografia pode sim fazer parte dos equipamentos de qualquer um que esteja disposto a pagar alguns mil dólares pela máquina. Até pouco tempo, adquirir uma significava também uma viagem ao exterior, já que no Brasil não existe importadora. A boa notícia é que agora é possível comprar por telefone, sem sair do Brasil. A empresa americana B&H Photo lançou o serviço, disponibilizando um número gratuito (0008.115.715.584) que coloca o comprador brasileiro em contato direto com a loja em Nova York. E o melhor: o atendimento é todo em português.
A encomenda é feita por telefone mesmo e a entrega pode demorar de 10 a 30 dias, dependendo da localidade. O produto acaba saindo mais caro pela quantidade de taxas. A B&H cobra US$ 100 pelo serviço, mais 4% do valor da mercadoria de seguro e outros US$ 24 por quilo (dependendo do peso da máquina). Cartier-Bresson sempre usou o modelo M6, o mais básico, que custa US$ 3 mil. Por opção, usava apenas as lentes 50 mm. Mas para os mais prevenidos, um kit básico com lente grande angular (21 mm/2.8), outra normal (50 mm/1.0) e uma tele (90 mm/2.0) sai por cerca de US$ 9 mil. Mas se sua intenção for ter uma máquina que faça tudo e você só precise apertar uma tecla, esqueça. O conceito da Leica é justamente o contrário e o resultado depende (e muito) do desempenho do fotógrafo.