Boa alimentação e hábitos saudáveis, como dormir bem e se exercitar, são essenciais para a qualidade de vida. A combinação dessas medidas previne doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, câncer, osteoporose, obesidade, além da melhoria do funcionamento do sistema imune, aumento da energia, do rendimento no trabalho e da concentração.

A reeducação alimentar começa quando o indivíduo entende a importância de consumir alimentos mais saudáveis e modificar comportamentos. A nutricionista Lígia Lima explica que cada reeducação é adaptada para as condições do paciente e seus objetivos para a melhoria de saúde.

“O paciente pode mudar comportamentos bebendo bastante água, eliminando alimentos ultraprocessados da rotina diária, evitando longos períodos em jejum ou aderindo dietas da moda sem nenhum embasamento, fazendo o planejamento das refeições, aderindo uma alimentação com mais grãos e cereais integrais, fazendo o fracionamento correto das proteínas, carboidratos e lipídios nas refeições principais e bebendo bastante água durante o período do dia”, afirma a nutricionista.

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Segundo Lima, para manter a reeducação alimentar, o indivíduo necessita adquirir o hábito, uma maneira frequente de fazer a mesma coisa todos os dias, tendo consciência de manter a constância para que se torne algo duradouro e com sucesso.

“A alimentação adequada vai depender de cada paciente, do seu histórico de saúde e de atividades físicas diárias, se tem alguma comorbidade, pois a reeducação alimentar necessita ser prazerosa para ter sucesso. Não necessariamente significa restringir alimentos, mas organizar melhor as porções da forma mais saudável possível, pois estudos já comprovaram que um indivíduo equilibrado nutricionalmente tem menos chances de desenvolver doenças mentais e físicas”, completa.

A nutricionista destaca que o sono é reparador para o corpo e a falta dele aumenta o risco de obesidade em 55%, em adultos, e 89%, em crianças.

Uma pesquisa realizada pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostra que, em média, 57,25% da população do Brasil estava com sobrepeso em 2021. Isso significa que, a cada 10 brasileiros, ao menos seis estavam com o peso acima da média ideal, calculada pelo Índice de Massa Corpórea (IMC).

A condição era maior entre os homens, numa média de 59,9%, enquanto as mulheres registraram uma média de 55%. O problema era mais alto nas faixas de 45 a 54, chegando a 64,4%, e na faixa entre 55 e 64, com 64%.