É importante esclarecer que a ansiedade é o mecanismo natural do nosso corpo para nos defender em situações de perigo ou estresse. Imagine que estamos num cenário de guerra, o nosso corpo coloca o “exército” em marcha para nos defender dos inimigos, e a ansiedade é chamada à luta para nos levar à ação. A questão mais importante passa por, depois do efeito pretendido, conseguirmos regular a ansiedade de forma mais tranquila e rápida, evitando picos constantes de estresse ou ansiedade.

E a ansiedade não se sente apenas no tipo de pensamentos que tendemos a ter. Tem manifestações físicas que passam pela alteração do ritmo cardíaco, da respiração, da função intestinal, pelo aparecimento de tensões musculares, dores migratórias, perturbações do sono ou mesmo quadros febris.

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Assim, como é que podemos ter uma alimentação à prova de ansiedade? Entendendo o impacto nos alimentos no funcionamento do nosso corpo. Um corpo inflamado terá uma maior propensão para potenciar a ansiedade, criando todas as condições para que esta escale sem grande possibilidade de gestão.

Durante uma fase mais ansiosa é importante reconhecer que tipo de alimentos prejudicam a sua gestão, deixando-os de parte num consumo regular. Entre estes alimentos estão o açúcar, os estimulantes (café, chá, entre outros) e a gordura trans ou hidrogenada.

Podemos transformar os alimentos em medicamentos naturais, sem efeitos secundários. Como? Tirando o máximo partido de todos os momentos em que estamos à mesa – e são várias vezes ao dia.

Para ter uma alimentação à prova de ansiedade privilegie alimentos reais, não processados, sem aditivos e sem designações estranhas (como melhorantes, intensificadores de sabor, aditivos, entre outros). Corte e descasque mais, desembalando menos. Opte por consumir alimentos locais com maior incidência em vegetais, cereais integrais, leguminosas e fermentados.