Empreender pode ser o caminho mais fácil para chegar ao seu primeiro bilhão de dólares. O brasileiro Eduardo Saverin já alcançou o seu segundo bilhão de dólares com uma ideia que surgiu nos dormitórios da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.Poucos o conheciam, até que o filme “A Rede Social”, que conta a história do Facebook, do qual é dono de 5%, o tornou mundialmente famoso. Avesso a entrevistas e a badalação, Saverin voltou aos holofotes na semana passada. 

 

Com o aporte de US$ 500 milhões feito pelo Goldman Sachs e outros investidores, a maior comunidade online do planeta foi avaliada em US$ 50 bilhões. A fortuna de Saverin, como em um truque de mágica, saltou para US$ 2,5 bilhões da noite para o dia. 

 

Essa cifra o coloca como um dos homens mais ricos do Brasil e assegura a ele um lugar na lista global de 2011 da revista Forbes, que reúne 500 bilionários. Mas quem é este jovem brasileiro que parece saber, como poucos, tirar dinheiro da cartola?

 

53.jpg

Mágico: com uma ideia no dormitório da Universidade de Harvard, Saverin criou uma fortuna de US$ 2,5 bilhões

 

Com apenas 28 anos, dois a menos do que Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, Saverin nasceu em São Paulo em 1982. Na década de 90, mudou-se com a família para Miami, nos Estados Unidos, por um motivo insólito: seu nome fazia parte de uma possível lista de “sequestráveis”. 

 

Hoje, é cidadão americano, mas sua residência é incerta. Ele estaria morando em Cingapura, na Ásia, segundo o TechCrunch, site especializado em notícias do Vale do Silício, região onde estão localizadas as principais empresas de tecnologia e internet na Califórnia, nos EUA. 

 

O fato é que tem sido visto com frequência no continente asiático. Fotos com pessoas em Jacarta, na Indonésia, foram publicadas em sua página pessoal no Facebook. Um vídeo no YouTube o mostra em Taipé, em Taiwan. 

 

Formado em economia pela Universidade de Harvard, o talento de Saverin parece o de ser um investidor anjo, aquele que dá o primeiro impulso financeiro para uma pequena companhia. Foi ele quem arrumou US$ 1 mil para colocar o Facebook no ar em 2004. 

 

De acordo com o filme “A Rede Social”, baseado no livro “Bilionários por Acidente”, do qual Saverin foi a principal fonte, ele foi traído pelo seu colega de dormitório, Mark Zuckerberg. 

 

Só recuperou sua participação no site em decisão judicial em janeiro de 2009. Pouco se sabe sobre esse acordo nos tribunais. Antes disso, investiu em outros projetos, todos eles ligados a comunidades online. O primeiro deles, em 2005, foi a Joboozle, uma rede social para busca de emprego. 

 

Em 2008, com colegas de Harvard, apostou na Care Place, que reúne pessoas interessadas em saúde. Criou a Anideo, empresa que desenvolve tecnologias para redes sociais, em Cingapura, com o sócio A. J. Solimine, em 2009.

 

Apesar de ser um dos cofundadores do Facebook e de outras redes sociais, Saverin não gosta de se expor nesses espaços virtuais. Ele não aceita ser adicionado pelos participantes do Facebook nem recebe mensagens. 

 

Seu perfil na comunidade online é desértico e dá poucas pistas sobre sua vida pessoal. Sabe-se que gosta de futebol. É fã da apresentadora de tevê norte-americana Oprah Winfrey e dos cantores Michael Jackson e Britney Spears. Um de seus livros favoritos é “1984”, de George Orwell. Este é Eduardo Saverin, o antissocial que faz fortuna com as redes sociais.