A terceira geração dos donos do laboratório farmacêutico brasileiro Blanver tem idade entre 12 e 24 anos. Mas essas “crianças” já estão com a mão na massa trabalhando no conselho de administração da empresa da família.

Não se trata de brincadeira de criança. Com uma receita próxima as R$ 400 milhões, o laboratório Blanver já está preparando os seus herdeiros desde 2014.

“Eles podem ter carreiras diferentes, mas precisam entender o que a empresa faz e sua estrutura”, afirma Ronaldo Lorenzo, que faz parte do conselho de administração da Blanver e é genro de Giuseppe Frangioni, o fundador do laboratório, cuja sede é em Itapevi, no interior de São Paulo.

Para fazer essa integração, foi criado um conselho de família com a participação dos sete netos de Frangioni – ele tem dois filhos e uma filha. Nessa primeira fase, os jovens conhecem a história familiar e a estrutura da empresa.

Os netos mais velhos já participam, como ouvintes, de algumas reuniões do conselho de administração e de reuniões com fornecedores e bancos.  “No futuro, eles serão sócios da empresa”, diz Lorenzo. Quando todos tiverem mais de 18 anos, o plano é criar um conselho júnior com a participação dos herdeiros do negócio.

A Blanver conta com duas unidades industriais – Itapevi e Taboão da Serra, ambas em SP – e atua em dois ramos do mercado farmacêutico.

O principal é a fabricação excepientes, matéria-prima usada para fabricar alimentos e medicamentos. Segundo o laboratório, ela detém 13% do mercado mundial, sendo o terceiro maior fabricante do mundo.

A companhia também fabrica medicamentos para tratar AIDS e osteoporose, que são distribuídos pelo governo federal.