A família Bolsonaro está envolvida em uma nova polêmica sobre pagamentos suspeitos. Dessa vez, documentos relacionados às transações imobiliárias do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e seus familiares apontam que a compra de mais da metade do patrimônio foi feita com dinheiro vivo.

De 1990 até hoje, Bolsonaro, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis. Segundo levantamento feito pelo UOL, pelo menos 51 deles foram adquiridos parcialmente ou totalmente com dinheiro em espécie.

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Ao todo, foram registrados R$ 13,5 milhões de repasses “em moeda corrente nacional”, conforme estão registradas as compras no cartório. Questionado, o presidente demonstrou não entender o motivo do estranhamento. “Qual é o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel?”, disse Bolsonaro.

Atualmente, tramita no Senado Federal um projeto de lei que pede a proibição do uso de dinheiro vivo para transações imobiliárias, a fim de evitar lavagem de dinheiro ou ocultação de patrimônio.

A prática bastante incomum ganhou repercussão nas redes sociais, com tom de ironia por muitos usuários do Twitter, que reproduziram memes sobre o fato. Confira alguns exemplos:

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https://twitter.com/cafe_faria/status/1564644498705186816

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INVESTIGAÇÃO

O Ministério Público do Rio de Janeiro e do Distrito Federal investigam ao menos 25 imóveis adquiridos por integrantes do clã Bolsonaro desde 2003. Entre as propriedades, está também a casa do presidente, localizada no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, além de uma mansão comprada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em Brasília.

Outro imóvel que está sendo investigado é a mansão onde moram o filho “04”, Renan Bolsonaro, e a mãe, Ana Cristina Siqueira Valle, ex de Jair. Ela foi a segunda esposa do presidente, e é candidata a deputada distrital. Ana Cristina declarou à Justiça Eleitoral a mansão avaliada em R$ 3,2 milhões localizada no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, segundo o site O Antagonista.

No entanto, Ana Cristina dizia morar de aluguel. Em sua declaração de bens ao TSE ela atribuiu ao imóvel o valor de R$ 829 mil, enquanto o ex-proprietário, que ainda consta no cartório como dono, declarou ter pago R$ 2,9 milhões.