O computador que revolucionou e mudou para sempre o cenário da computação pessoal está completando 30 anos. Se vivo estivesse, o fundador da Apple, Steve Jobs, assim descreveria o Macintosh nesta data. Ele é o mais ícone PC da companhia e foi lançado, em 1984, de forma ruidosa em um comercial dirigido pelo diretor Ridley Scott durante o intervalo do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano e os 30 segundos mais caros da tevê americana. (Saiba mais)

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Macintosh mudou a história dos computadores pessoais

 

“Todas as empresas que disputavam mercado conosco desapareceram”, afirmou Philip Schiller, vice-presidente senior de marketing da Apple. “Nós somos a única que sobreviveu e continua no negócio. E crescendo mais que o mercado de computadores. 

É resultado de nossa vontade de nos reinventar”. 

 

O Macintosh é considerado um marco do mercado de computadores, por introduzir uma nova interação entre usuário e máquina. Até 1984, a interação entre usuário e máquina ainda não tinha encontrado um formato definitivo. O Macintosh 128k trouxe foi responsável por popularizar a interface gráfica por meio de janelas e pelo uso do mouse. Até então, os computadores eram difíceis de usar e cheio de códigos, coisa que os usuários comuns não conseguiam entender.

 

Naquela ano, foram 250 mil unidades vendidas. Mais do que a previsão da companhia. Mas o produto, criado por Steve Jobs, que esteve envolvido do começo ao fim em sua concepção, foi responsável também por sua demissão no ano seguinte em uma queda de braço com John Sculley, o CEO que ele mesmo havia contratado.

 

A Apple, 30 anos depois, não é mais a empresa. Nem ostenta mais a palavra ?Computer? em seu nome. Essa transformação deve-se também a Jobs, que ao retornar a companhia, em 1996, transformou em uma empresa de entretenimento digital, reduzindo o peso dos computadores na estratégia e nos números da companhia.

 

Em 2001, a Apple lançou o tocador de música digital iPod, que mudou o setor fonográfica. Em 2007, a revolução aconteceu no mercado de celulares, com a chegada do iPhone. Três anos depois, o iPad prometeu revolucionar o setor editorial. Até hoje, os tablets são considerados os responsáveis pela queda do mercado de computadores.

 

A mudança de cenário do mercado de computação pessoal não afetou as vendas do Mac. Nos Estados Unidos, elas aumentaram 27% no ano passado. Mesmo assim, são um produto de nicho, que não competem com os PCs equipados com o Windows, da Microsoft.