As concessões dos bancos no crédito livre caíram 6,2% em fevereiro ante janeiro, para R$ 455,5 bilhões, informou nesta terça-feira, 2, o Banco Central (BC). No acumulado nos últimos 12 meses até fevereiro, o aumento foi de 4,9%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 9,2% em fevereiro, para R$ 254,7 bilhões. Em 12 meses até fevereiro, houve alta de 9,1%. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões recuaram 2,2% em fevereiro ante janeiro, para R$ 200,8 bilhões. Nos 12 meses, houve uma leve alta de 0,2%.

Em meio ao processo de queda da Selic, a taxa média de juros no crédito livre mostrou nova redução em fevereiro ante janeiro. O porcentual passou de 40,5% para 40,2% ao ano, informou o Banco Central (BC). No segundo mês de 2023, a taxa estava em 44,0%.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 52,6% para 52,5% ao ano de janeiro para fevereiro. No segmento de pessoas jurídicas, a taxa passou de 22,3% para 21,4% entre os dois meses.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu entre janeiro e fevereiro, de 125,8% ao ano para 131,8% ao ano. No crédito pessoal, a taxa passou de 41,2% para 41,4% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

Os dados divulgados hoje nesta terça Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 26,1% ao ano em janeiro para 25,9% em fevereiro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 28,2% ao ano em janeiro para 27,8% ao ano em fevereiro. No segundo mês de 2023, estava em 31,1%.

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) ficou estável em fevereiro ante janeiro, em 21,9% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.