Brasileiros já podem fazer suas primeiras compras por meio do aplicativo da plataforma de vendas Temu ou pelo site brasileiro da varejista.

A empresa chinesa chega ao país como concorrente direta das varejistas populares Shein e da Shopee. Assim como as concorrentes também chinesas, a Temu atua como um marketplace, com oferta de produtos de diferentes vendedores, marcas e lojas.

Entre as três, a Shein é a única que tem fabricação de moda própria.

+Rival da Shein e Shopee, Temu já pode operar no Brasil pelo Remessa Conforme

A Temu foi cadastrada em maio na Remessa Online, programa que isenta de impostos as mercadorias com valor até US$ 50. Assim, consumidores poderão aproveitar o benefício enquanto o projeto que acaba com a isenção tramita pelo Congresso.

Para estimular as vendas neste primeiro momento, a empresa disponibiliza uma série de cupons para os clientes que realizam o cadastro. Outra estratégia da varejista para atrair os consumidores brasileiros está no frete grátis para as compras.

A operação da Temu, no entanto, iniciou de forma discreta. A companhia ainda não tem perfil brasileiro em redes sociais, nem emitiu anúncio para o mercado.

Procurada, a empresa se manifestou por meio de nota dizendo estar “facilitando o acesso de todas as pessoas aos produtos de que precisam e desejam ao eliminar margens de lucro desnecessárias”.

Alguns consumidores mais entusiasmados já foram conferir a plataforma e compartilharam sua percepção nas redes sociais:

 

 

Quem buscar itens na Temu notará, porém, a falta de marcas conhecidas no Brasil. Como o aplicativo funciona como marketplace, pode ser que isso mude conforme mais vendedores brasileiros passem a integrar a plataforma.

‘Taxação das blusinhas’

O Senado aprovou a aplicação da taxação de 20% sobre bens importados de até US$ 50,

em votação na quarta-feira, 5. Com a apreciação, o dispositivo voltou a fazer parte do projeto que cria o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover).

O relator do Mover no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), havia retirado a taxação do e-commerce do projeto, por considerá-la um “corpo estranho” ao projeto original. Para isso, Cunha acatou uma emenda que suprimia esse trecho do texto que havia sido aprovado na Câmara.

No plenário, os senadores analisaram a emenda supressiva em separado. A supressão foi rejeitada de forma simbólica. O texto retornará à Câmara dos Deputados, devido às alterações feitas pelo relator. A votação deve ocorrer na próxima semana.

Atualmente, produtos importados no valor de até US$ 50 (cerca de R$ 265) são isentos de imposto de importação e são taxadas somente pelo Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual, com alíquota de 17%.

A isenção proporcionada pelo Remessa Conforme incomoda setores da indústria e do comércio no Brasil. Entidades representativas apontam que a não cobrança de impostos permite um desequilíbrio na concorrência, que favorece empresas estrangeiras.

Ainda antes do início do Remessa Conforme, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) apresentam ao ministro Haddad um estudo que estimava até 2,5 milhões de demissões por causa da isenção para empresas de fora do país.

*Com informações de Agência Brasil e Estadão Conteúdo