03/10/2012 - 21:00
Bolsa
A Bolsa de Nova York (Nyse) deve anunciar nos próximos dias a decisão de abrir uma operação no Brasil. O pedido já foi encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Nyse vê uma grande oportunidade, já que o Brasil é um dos poucos países em que só existe uma bolsa, a BM&F Bovespa. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de dez bolsas. A Nyse pretende desembarcar com uma série de inovações tecnológicas para fazer frente à concorrente.
Investidores
Menos ânimo
O ânimo dos investidores estrangeiros com o Brasil não está lá essas coisas. Para esses investidores, há excesso de intervencionismo por parte do governo na Petrobras e nas empresas de telefonia e de energia. Nas últimas semanas, têm aumentado significativamente as ordens de venda de ações em companhias reguladas pelo governo. O queridinho da vez agora é o México.
Confiança
Em queda
Pesquisa da Robert Half, líder mundial em recrutamento, mostra uma queda na confiança dos CFOs brasileiros com a economia. No primeiro semestre, 91% dos CFOs estavam otimistas, e, agora, no segundo, caiu para 87%. Com relação à evolução das empresas, a confiança reduziu de 97% para 92%.
FMI
Bilaterais
Durante a assembleia mundial do FMI e do Banco Mundial, que se realiza, de 11 a 14 de outubro, em Tóquio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já tem duas reuniões bilaterais agendadas. Na sexta-feira 12, ele se encontra com o ministro das Finanças das Filipinas, César Puríssima, a quem Mantega irá transmitir a presidência da Consti-tuency do Banco Mundial. no sábado 13, ele se reunirá com o novo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.
Portos
Novas regras
Dilma Roussef deve anunciar nos próximos dias as novas regras para a concessão de portos. Com base no modelo de ferrovias, o governo irá acabar com o monopólio privado nos portos para que os terminais sejam compartilhado com outras empresas. As novas regras serão um passo importante para acabar com o poder de Docas, que detém o monopólio sobre o porto de Santos. O governo prevê investimentos de R$ 30 bilhões. Inicialmente, a ideia é abrir concessões em portos no Sul, Sudeste e Nordeste.
Saúde
Amil global
A americana United Health voltou a entrar no páreo para a compra da Amil. O sonho de Edson de Godoy Bueno, dono da Amil, é transformar sua empresa numa companhia global, e, por isso, está “de coração aberto” para sócios de fora do País.
Valec
Edital cancelado
Em menos de uma semana, a Valec publicou e cancelou o edital para a compra de trilhos para a Ferrovia Norte-Sul que vetava a participação de empresas brasileiras. Já está até virando piada a tentativa de compra de trilhos pela empresa. Sem nova data para republicação, a Valec continua com a ferrovia paralisada. Já foram demitidos mais de 30 mil funcionários dos canteiros de obras da ferrovia.
Pesquisa
Aliado móvel
Pesquisa realizada pela revista americana Time, em parceria com a Qualcomm, mostra que 91% dos brasileiros percebem o uso de tecnologias móveis como aliado para incrementar o ambiente de negócios. Para 68%, a mobilidade tem fortalecido a economia nacional e 40% utilizam dispositivos móveis para fazer negócios. O percentual sobe para 52% neste quesito quando considerados os entrevistados entre 35 e 44 anos. Outro dado mostra que mais de 70% dos empresários brasileiros acreditam que o recurso propicia acesso a um grupo maior de potenciais clientes. O percentual ainda está abaixo dos chineses e indianos (ambos por volta de 85%), mas acima dos americanos (pouco mais de 50%). A pesquisa foi realizada em oito países com 4,7 mil pessoas.
Farmácias
De grão em grão
A Abrafarma, a associação que reúne o setor de farmácias, acaba de levantar os resultados obtidos pelas 31 redes associadas, em 2011. As vendas líquidas somaram R$ 20,6 bilhões, um crescimento de 26,3% em relação ao ano anterior, quando o movimento foi de R$ 16,3 bilhões. O lucro bruto, de R$ 5,2 bilhões, cresceu 24,64%. Apesar do bom momento do setor, houve queda nos lucros, tanto operacional (- 5,6%), quanto pós-provisão do IR (- 23,2%). o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, diz que a lógica das redes de farmácias é a de pequenos ganhos em grandes volumes.
Vinhos
Ficou para 2013
A resposta do governo ao pedido de salvaguarda feito pelos produtores de vinho nacional deve demorar para sair. As entidades representantes do setor (Ibravin, Fecovinho, Sindivinho e Uvibra) entraram com a solicitação em março deste ano e o prazo para que os técnicos concluam o processo de investigação é de 12 meses, prorrogável por mais seis. o processo, Porém, empacou depois que a técnica responsável pela análise deixou o Departamento de Defesa Comercial (Depac). A expectativa, agora, é de que a resposta só saia no ano que vem.
Imóveis
Tribo Faria Lima
Os tapumes cercando uma área de mais de dez mil m2, no número 3.500 da avenida Faria Lima, podem revelar como viviam os primeiros “paulistanos” no bairro do itaim. Durante pesquisas de prospecção arqueológica, encontraram vestígios de antigas ocupações, provavelmente datadas entre o século XIX e início do XX. Após o fim dos trabalhos, nesta que é uma das últimas áreas disponíveis da região, será construído o novo edifício da Tishman Speyer.
Inclusão
Nova ferramenta
Criado em 2007 pela Odebrecht para promover a inclusão de profissionais de Rondônia nas obras do complexo do rio Madeira, o programa Acreditar já soma cerca de 115 mil pessoas inscritas. Deste total, 53 mil foram treinados e 34,5 mil contratados. O sucesso do programa, que recebeu investimento de R$ 30 milhões, está sendo exportado para canteiros em Angola, Peru e Colômbia.
Argentina
Sinal amarelo
Em reunião fechada na semana passada na Fiesp, o secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, que ficou conhecido por despachar com com um revólver em cima da sua mesa, recebeu um sinal de alerta por parte de alguns pesos pesados do setor de autopeças. Se Cristina Kirchner continuar com a sua política de barreira às importações, a indústria de autopeças sai da Argentina. Detalhe: Moreno, desta vez, não estava com nenhuma pistola sobre a mesa.
Justiça
Bolada
O empresário Eugênio Staub, que acaba de relançar a Gradiente, ganhou no STF uma bolada contra a União numa briga com a Suframa (Zona Franca). O STJ, para onde a ação foi encaminhada para que fosse fixado o valor da ação, determinou em R$ 320 milhões o montante a ser pago a Staub.
Varejo
O camaleão
O presidente do Pão de Açúcar, Enéas Pestana, tem sido um fiel legionário do Casino, sobretudo no que diz respeito à degola dos antigos executivos ligados a Abílio Diniz. Depois das saídas de Hugo Bethlem e Caio Mattar, a bola da vez é o vice-presidente de Varejo, José Roberto Tambasco. Há quase 33 anos no Pão de Açúcar, Tambasco não caiu no gosto dos franceses. Não é à toa que Pestana já é conhecido pela alcunha de “caméléon”. Esse animal se distingue de outros lagartos pela habilidade em trocar de cor e por possuir a língua rápida e alongada.
Colaborou: Flávia Gianini e Marina Rossi
