21/05/2008 - 7:00
VIAJAR 13 HORAS COM destino a Dubai, nos Emirados Árabes, com o objetivo definido de fornecer ouro e diamantes made in Brazil para o mercado do Oriente. Esse era o plano dos brasileiros Gustavo Figueroa e Rodrigo Veloso: embarcar semanalmente US$ 1,4 milhão desses metais preciosos para ter um lucro anual entre 3% e 5%. Tudo estaria perfeito se uma placa não estivesse no meio do caminho. ?Invista em imóveis e tenha retornos de 138% em um ano?, dizia. Estavam no negócio errado, eles concluíram. Por que não jogar cimento sobre o brilhante projeto inicial? Foi o que fizeram. Descobriram a conterrânea Cecília Reinaldo e em poucos dias fecharam a compra de dois imóveis por US$ 20 milhões. Mais que isso. Começaram a desenhar a criação de um fundo de investimentos, que será lançado na primeira quinzena de junho.
Aberto a investimentos a partir de US$ 20 mil (confira no quadro), o Dubai Real State Fund funciona como uma empresa offshore nas Ilhas Maurício. O custodiante será o HSBC. Figueroa e Veloso optaram por esse caminho porque registrar o fundo na CVM e criar uma distribuidora de valores mobiliários no Brasil demoraria, no mínimo, seis meses e esse tempo, a julgar pela velocidade em que os projetos são erguidos nos Emirados Árabes, poderia ser fatal para se perder o lançamento de muitos imóveis.
?O primeiro estágio é o mais importante para o investimento?, diz Figueroa. ?Esses projetos exclusivos facilitam liquidez para a venda?, completa Veloso. Na semana passada, os dois investidores se reuniram com algumas distribuidoras para acertar uma parceria. ?Antes desse acerto, é possível pagar os impostos e enviar o dinheiro para o fundo, fazendo a aplicação no Exterior?, afirma Figueroa. O capital será fechado quando atingir US$ 50 milhões. Dubai é um canteiro de obras muito atrativo para o investidor. O governo criou áreas determinadas para investimentos, em que não cobra impostos sobre o ganho de capital. Os planos de crescimento são ambiciosos. A previsão do governo é sair de 1,7 milhão de residentes e chegar a cinco milhões até 2012. E manter as portas abertas para 15 milhões de turistas por ano.