O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,8 ponto em agosto, após queda de 1,7 ponto em julho, informou nesta segunda-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 100,3 pontos

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), por sua vez, recuou 0,1 ponto porcentual, a 82,2%.

Mercado financeiro reduz projeção da inflação de 6,82% para 6,7%

Estoque de crédito no Brasil sobe 1,6% em junho, diz BC

O avanço do ICI em agosto foi puxado tanto pela avaliação do presente quanto pelas perspectivas para o setor. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,4 ponto, para 102,8 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) cresceu 0,3 pontos, para 97,9 pontos. No mês, houve alta da confiança em 9 dos 19 segmentos industriais monitorados pelo levantamento.

Nas aberturas do ISA, o indicador que mede o nível dos estoques recuou 2,9 pontos em agosto, para 96,7 pontos, mantendo os estoques em nível neutro. Os indicadores que medem a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios e o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda subiram, respectivamente, 0,6 ponto e 0,4 ponto, para 101,7 pontos e 103,2 pontos.

Entre os componentes do IE, a tendência dos negócios para os seis meses seguintes subiu 3,0 pontos, para 96,9 pontos – ainda em patamar baixo em níveis históricos.

O otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes recuou 3,0 pontos, para 92,1 pontos – o pior desempenho desde março de 2022 (90,3 pontos) -, enquanto as expectativas de emprego nos três meses seguintes caminharam no sentido positivo pelo quinto mês consecutivo, com alta de 0,7 ponto, para 104,6 pontos – o melhor resultado desde outubro de 2021 (108,1 pontos).

“A melhora do ambiente de negócios no mês foi possivelmente influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de combustíveis e energia. Os níveis de demanda ainda estão positivos e os estoques se mantêm equilibrados, apesar do cenário ainda problemático quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos”, afirma o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, em nota.

Ele pondera, porém, que as expectativas em relação ao futuro próximo mostram certa cautela dos empresários com um segundo semestre de eleições e de manutenção dos juros elevados.