O Índice de Confiança da Indústria (ICI) ficou estável na passagem de janeiro para fevereiro, mantendo os 97,4 pontos, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, porém, o índice avançou 1,4 ponto, a 96,8 pontos.

“O resultado sinaliza uma acomodação após um período de melhora da demanda e normalização dos estoques”, destacou, em nota, o economista do Ibre/FGV, Stéfano Pacini. Para os próximos meses, pondera o economista, há uma perspectiva mais favorável relacionada às contratações, ainda que, no geral, a perspectiva seja de cautela.

“Aparentemente, a nova política industrial ainda não teve um impacto forte nas expectativas do setor, que parece estar aguardando seu desdobramento e ações relacionadas, mas o maior otimismo em relação ao emprego parece ser um sinal positivo”, acrescenta Pacini.

Entre os componentes do ICI no mês, houve alta de 0,2 ponto no Índice da Situação Atual (ISA), para 98,0 pontos. O movimento foi puxado pelo crescimento do componente que mede a situação atual dos negócios, que cresceu 1,2 ponto, a 99,0 pontos, maior nível desde agosto de 2022 (101,1 pontos). Por outro lado, o componente do nível de estoques caiu 0,4 ponto na margem, para 99,8 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,2 ponto no mês, atingindo agora 96,8 pontos. A abertura que mede a produção nos três meses seguintes caiu 1,9 ponto, a 97,4 pontos, após três leituras consecutivas de crescimento. A tendência de negócio para os seis meses seguintes, por sua vez, recuou ainda mais, 2,2 pontos porcentuais, atingindo 94,3 pontos. Foi a primeira queda depois de quatro meses de alta. Houve, por outro lado, avanço de 3,7 pontos no componente que mede o ímpeto sobre novas contratações, a 99,1 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) recuou 0,2 ponto, a 80,8% nesta leitura.