SÃO PAULO (Reuters) – A confiança de serviços do Brasil registrou em setembro seu maior patamar em mais de nove anos, diante de melhora na percepção tanto sobre o momento atual do setor quanto sobre os próximos meses, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) avançou 1,0 ponto, para 101,7 pontos, máxima desde março de 2013 (102,0), retomando tendência de alta vista nos últimos meses depois de em agosto ficar praticamente estável.

O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, ganhou 1,7 ponto, a 101,8 pontos, maior nível desde novembro de 2012 (102,0), segundo a FGV.

Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, subiu 0,4 ponto, para 101,7 pontos, pico desde outubro de 2021 (103,6), no sétimo mês seguido de ganhos.

“O resultado mostra que o setor ainda mantém a trajetória positiva de recuperação após os efeitos mais negativos da pandemia”, avaliou em nota Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.

No entanto, “a continuidade desse ritmo de retomada depende da melhora no ambiente macroeconômico, que ainda se mostra desafiador”, completou ele.

Dados divulgados pelo IBGE mais cedo neste mês mostraram que o volume de serviços do Brasil cresceu bem acima do esperado por analistas em julho, no terceiro mês seguido de avanço sobre o mês anterior, que levou o setor a patamar 8,9% acima do nível pré-pandemia. O setor foi grande impulsionador do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre de 2022.

 

(Por Luana Maria Benedito)

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