28/03/2025 - 8:33
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) cresceu 1,2 ponto na passagem de fevereiro para março, após uma sequência de quatro quedas consecutivas na série com ajuste sazonal, para 92,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 28. Em médias móveis trimestrais, o ICS teve redução de 0,5 ponto.
“No resultado de março da sondagem de serviços, a confiança volta a subir, após quatro meses de piora. O resultado apresenta caráter compensatório nas expectativas futuras do setor que seguiam em trajetória de piora desde outubro passado. Apesar disso, a demanda presente demonstrou relativa estabilidade, influenciada pela parcial recuperação do segmento de serviços prestados às famílias, mais sensível ao ritmo da inflação e que vinha dando sinais de desaceleração”, avaliou Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em março, o Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 0,2 ponto, para 95,3 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) teve elevação de 2,2 pontos, para 90,8 pontos.
“Em relação ao futuro de longo prazo, a melhora pontual não esconde o pessimismo com o ritmo dos negócios para o ano de 2025. O cenário macroeconômico segue desafiador para a economia, apontando pressões nos preços ainda em um ambiente de taxa de juros elevada e uma expectativa geral de desaceleração da atividade”, completou Pacini.
Entre os componentes da situação atual, o item que mede a situação atual dos negócios cresceu 0,7 ponto, para 94,8 pontos, enquanto o que avalia o volume da demanda atual encolheu 0,2 ponto, para 95,8 pontos.
Entre as expectativas, a demanda prevista nos próximos três meses subiu 0,2 ponto, para 90,8 pontos, e o item que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses avançou 4,2 pontos, para 90,7 pontos.
“Mesmo com o resultado positivo de março, o setor de serviços dá indícios de desaceleração da atividade no primeiro trimestre de 2025. A confiança trimestral média do setor de serviços recuou tanto para o ISA-S como para o IE-S. Já no último trimestre de 2024, as expectativas davam sinais de desaceleração. Com o início de 2025, essa sinalização passa a ser observada também nos indicadores sobre o presente”, observou a FGV.
A coleta de dados para a edição de março da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.280 empresas entre os dias 3 e 26 do mês.