O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) ficou estável (0,0 ponto) em novembro ante outubro, aos 90,1 pontos, na série com ajuste sazonal. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice teve alta de 0,2 ponto, após cinco meses de quedas.

“A estabilidade do Índice de Confiança Empresarial oculta diferenças relevantes tanto entre setores quanto entre os horizontes de análise. O indicador que mede o grau de satisfação com a situação atual voltou a cair, influenciado pela deterioração das avaliações na Indústria. Em sentido oposto, o componente de expectativas avançou pelo segundo mês consecutivo, desta vez com melhora disseminada entre os setores, impulsionada por projeções menos desfavoráveis para a demanda nos próximos três meses”, avaliou o pesquisador Aloisio Campelo Jr., do Ibre/FGV, em nota oficial.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) cedeu 0,7 ponto, para 91,6 pontos. Houve piora na satisfação com a situação atual dos negócios (-0,4 ponto, para 90,3 pontos) e na avaliação do nível de demanda atual (-0,9 ponto, a 93,0 pontos).

Já o Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) avançou 0,6 ponto, a segunda alta seguida, para 88,7 pontos. Dentro do IE-E, o otimismo com a demanda nos três meses seguintes subiu 0,8 ponto, para 86,6 pontos, enquanto a perspectiva para os negócios em seis meses avançou 0,4 ponto, para 91,1 pontos.

Entre os quatro grandes setores, o Comércio mostrou melhora relevante, alta de 3,7 pontos, enquanto a Indústria recuou 0,7 ponto. Houve avanços na Construção, 1,0 ponto, e Serviços, 1,2 ponto. Em novembro, 45% dos 49 segmentos pesquisados reportaram alta da confiança.

“O destaque negativo do mês é o setor da Indústria, onde apenas 26% dos segmentos registraram alta da confiança”, apontou a FGV.

A coleta de dados para a edição de novembro ocorreu entre 1º e 24 do mês.