O Estado de São Paulo começou nesta segunda-feira (1) o plano de flexibilização da quarentena contra o coronavírus. Anunciada pelo governador João Doria (PSDB) na semana passada, a retomada levará em conta os dados e avanços das cidades na luta contra a Covid-19.

Apesar do planejamento inicial incluir a capital paulista na lista das cidades que iniciariam uma reabertura contida, porém com restrições, o prefeito Bruno Covas (PSDB) emitiu decreto no último sábado (30) estendendo a quarentena por mais 15 dias.

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A ideia agora é reunir os setores de interesse econômico e avaliar os protocolos de segurança que serão adotados. É possível que antes dessas próximas duas semanas algumas áreas da atividade trabalhista voltem a operar com o aval da Prefeitura.

O que são as zonas de risco?

Neste mapa é possível ver como ficaram as cidades no plano elaborado pelo governo estadual. Campinas e a capital paulista, no entanto, anunciaram que seguirão na fase 1 (vermelha) até os dias 7 de junho e 15 de junho, respectivamente (Crédito:Governo do Estado de São Paulo)

O Estado foi dividido em zonas de risco, levando em conta indicadores de capacidade dos hospitais públicos e privados e a evolução da doença nessas regiões. São cinco fases que ajudarão na identificação da situação dessas zonas.

A primeira delas é a fase 1, a mais crítica, onde a ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está acima de 80%; na fase 2 estarão as zonas de controle, com ocupação entre 60% e 80%; a fase 3 será a da flexibilização (abaixo dos 60%). Todo o Estado está enquadrado nessas três fases (veja mapa abaixo).

A fase 4 será a da abertura parcial e serão regiões onde os leitos hospitalares estão com ocupação abaixo dos 60% e baixa incidência de novos casos; e a fase 5 será denominada normal controlado.

Como São Paulo ficou organizada e o que pode funcionar neste período?

A liberação das regiões seguira este quadro como referência. Setores como espaços públicos, teatros e cinemas e eventos esportivos serão os últimos a entrarem na flexibilização (Crédito:Governo do Estado de São Paulo)

Na capital paulista, região metropolitana e no sul do Estado, as restrições seguirão até o dia 15, com proibição de acesso a espaços públicos, atividades imobiliárias, escritórios, comércio de rua, academias, salões de beleza, teatros, cinemas e shoppings. Campinas também seguirá na zona vermelha até o dia 7 de junho.

As regiões da zona de controle (em laranja no mapa), terão o retorno controlado do funcionamento do comércio de rua, shoppings, atividades imobiliárias, concessionárias e escritórios em horários pré-definidos e redução no número de funcionários em atividade, com apenas 20% deles trabalhando simultaneamente.

Já nas zonas de flexibilização (em amarelo), 40% dos funcionários poderão trabalhar, além da liberação da abertura de bares e restaurantes.

Como será a avaliação desses protocolos de liberação?

Segundo a Prefeitura da capital, os protocolos que serão levados pelos grupos econômicos abrangem tópicos como saúde, higiene e testagem de funcionários. Além disso, as empresas precisarão criar regras de autorregulação para fiscalização desses protocolos e uma política de comunicação para proteção de consumidores e funcionários.

E quando a minha região mudará de fase?

De acordo com o anunciado pelo governador João Doria, as fases serão revistas a cada 14 dias. Caso os números indiquem melhora no quadro local, o município avança para a próxima etapa de liberação. Se os dados forem negativos, a cidade vai retroceder uma fase e reforçar as restrições da quarentena.